terça-feira, 8 de maio de 2012

Em Maio - «Somos o Esquecimento que Seremos»

Porque escolhi o livro de um autor pouco conhecido em Portugal? Ouvi falar dele numa Correntes D' Escritas (na Póvoa) em 2009, juntamente com o romance de Álvaro Uribe (A oficina do Tempo). E aqui ficou por casa. Até que outro dia tropecei nele. Olhei a capa, revi a sinopse e pareceu-me óptimo discuti-lo convosco. Há qualquer coisa neste título que nos faz querer espreitar, não é? Somos o esquecimento que seremos.

Pelas mãos da Quetzal, Faciolince tem este livro e também Receitas de Amor Para Mulheres Tristes

Deixo-vos, então, a história de vida do autor, as críticas ao livro e aquilo com que podemos contar. Espero que muita gente embarque nesta viagem.


"Héctor Abad Faciolince nasceu em Medellín, na Colômbia, onde também realizou os seus estudos - todos inacabados - de Medicina, Filosofia e Jornalismo. Após a sua expulsão da Universidade Pontifícia Boliviana (por causa de um artigo irreverente contra o Papa), viajou para Itália, onde se licenciou em Literaturas Modernas. Regressou à Colômbia em 1987. Nesse ano, depois de os paramilitares assassinarem o seu pai, foi alvo de várias ameaças de morte. Refugiou-se novamente em Itália, onde exerceu o cargo de leitor de Espanhol na Universidade de Verona. De regresso à Colômbia, traduziu autores como Giuseppe Tomasi di Lampedusa e Umberto Eco; dirigiu a Universidade de Antioquia; e deu início à sua carreira de escritor. Publicou quatro romances entre os quais Basura, que lhe valeu o Prémio de Narrativa Inovadora da Casa da América de Madrid. Publicou ainda um livro de contos, um livro de viagens, um dicionário pessoal e um livro de género incerto, Tratado de culinaria para mujeres tristes. A sua obra está traduzida para o inglês, o alemão, o grego e o português."

«Somos o Esquecimento que Seremos é a reconstrução amorosa e paciente de uma personagem: a do médico Héctor Abad Goméz que dedicou a sua vida - até ao dia em que foi assassinado em pleno centro de Medellín - à defesa da igualdade e dos direitos humanos. É um livro cheio de sorrisos que canta o prazer de viver, mas também mostra a tristeza e a raiva causadas pela morte de um ser excepcional.
Conjurar a figura do pai é um desafio que percorre consagradas páginas da História da Literatura. Quem não se lembra das obras de Kafka, Philip Roth, Martin Amis ou V.S. Naipul sobre o seu venerado ou questionado progenitor? A partir de agora também será difícil esquecer este livro pungente de Héctor Abad Faciolince, escrito com coragem e ternura.»

«Um livro tremendo e necessário, de uma coragem e honestidade arrasadoras. Por vezes, perguntei-me como é que terá tido a valentia de o escrever.» Javier Cercas, El País

«Um livro belo, autêntico e comovente.» Rosa Montero

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