Curta metragem criadapor EdenAmespara oConcurso deLivreExpressão "YouthFilm Project"realizadapela Coligação NacionalContra a Censura, nos Estados Unidos da América.
O tema doconcurso deste ano é: O que está ler?
A partir daí Eden Ames cria esta história: "Um menino que na sua curiosidade, normal de criança, procura saber mais sobre um livro. A mãedesaprovadescaradamente, assim como uma boa parte das pessoas que o rodeiam... porquê? A descoberta dos efeitoofuscantes nasmentalidadesestreitas."
É já hoje que arranca o Bairro dos Livros (no Porto) dedicado a Manuel António Pina. É com um especial brilhozinho nos olhos que marcamos presença e contamos com a ajuda de uma grande amiga do Clube de Leitores e fã do escritor, jornalista e poeta: a Raquel Patriarca.
O ponto de encontro será junto aos Clérigos, pelas 15h. Não percam o programa!
Assim começa o livro que lemos aqui no blog, em Março:
Chieko descobriu as violetas que floresciam no velho tronco do carvalho. «Floriam também este ano.» Com estas palavras foi ao encontro da doce Primavera. Em relação ao pequeno jardim da cidade, aquele carvalho era bastante grande, mais robusto ainda que as ancas de Chieko. A sua casca, velha, rugosa, salpicada de musgo, não se podia porém comparar ao corpo jovem e fresco dela. Arqueada para a direita até ao nível das ancas de Chieko, a árvore começava a dobrar-se precisamente à altura da cabeça da rapariga: era a partir daqui que nasciam os densos ramos, que iam abranger quase todo o jardim. Os mais compridos pendiam um pouco. Logo abaixo do ponto em que se curvava amplamente sobre a direita entreviam-se duas pequenas cavidades: destas despontavam, distantes uma da outra, duas violetas. As duas plantas floriam todas as Primaveras. Chieko recordava-se de as ter visto sempre ali, naquela árvore.
*in Kyoto, Yasunari Kawabata. Publicado pela Dom Quixote.
O prémio Leya 2012, Nuno Camarneiro, vê o seu livro lançado. Debaixo de Algum Céu valeu-lhe a escolha do júri. Fiquem com a capa, a sinopse e com o início da história.
Num prédio encostado à praia, homens, mulheres e crianças - vizinhos que se cruzam mas se desconhecem - andam à procura do que lhes falta: um pouco de paz, de música, de calor, de um deus que lhes sirva. Todas as janelas estão viradas para dentro e até o vento parece soprar em quem lá vive. Há uma viúva sozinha com um gato, um homem que se esconde a inventar futuros, o bebé que testa os pais desavindos, o reformado que constrói loucuras na cave, uma família quase quase normal, um padre com uma doença de fé, o apartamento vazio cheio dos que o deixaram. O elevador sobe cansado, a menina chora e os canos estrebucham. É esse o som dos dias, porque não há maneira de o medo se fazer ouvir. A semana em que decorre esta história é bruscamente interrompida por uma tempestade que deixa o prédio sem luz e suspende as vidas das personagens - como uma bolha no tempo que permite pensar, rever o passado, perdoar, reagir, ser também mais vizinho. Entre o fim de um ano e o começo de outro, tudo pode realmente acontecer - e, pelo meio, nasce Cristo e salva-se um homem.
Embora numa cidade de província, e à beira-mar, este prédio fica mesmo ao virar da esquina, talvez o habitemos e não o saibamos.
Com imagens de extraordinário fulgor a que o autor nos habituou com o seu primeiro romance, Debaixo de Algum Céu retrata de forma límpida e comovente o purgatório que é a vida dos homens e a busca que cada um empreende pela redenção.
No meio de tudo, tu no meio de ti, o que resta de mim no meio de nós, distância e tempo
No meio de nada, a nuvem que o céu esqueceu ao recolher para a noite e o eco daquela frase no meio do livro que me deste no meio do temporal que fomos juntos
* para conhecer mais sobre o pintor mexicano Diego Rivera, marido de Frida Khalo, siga o link www.diegorivera.com
É à mesa que Aquilino Ribeiro nos espera nas paredes da estação de Metropolitano do Aeroporto, em Lisboa, sentado, pensativo, parado no tempo pelo traço do cartoonista António, autor da mais de meia centena de retratos que o espaço comporta. É à mesa que fica, como que escrevendo ainda.
Aquilino Gomes Ribeiro (Carregal, 13 setembro 1885 - Lisboa, 27 maio 1963), que a família queria sacerdote, fez-se escritor. E prolífico. Mas mais do que isso fez-se homem. Foi preso como anarquista, andou pela clandestinidade do início do século, fundou a Sociedade Portuguesa de Escritores, chegou a ser proposto para o Nobel da Literatura. No ano da sua morte andava a ser homenageado em várias cidades do país pelos 50 anos de vida literária. Quando sai a notícia da sua morte, nessa mesma hora, a Censura comunicava aos jornais não ser mais permitido falar das homenagens que lhe estavam a ser prestadas.
Dele, acima de tudo, li contos. Vários. Não entendo por que não os encontro hoje nas estantes cá de casa. Volumes envelhecidos, cujas páginas virava com cuidados, ficaram decerto algures por aí. Agora que penso nisso, ocorre-me que nunca li "A Grande Casa de Romarigães" (1957), um dos seus livros mais recordados. Uma curiosidade: a casa retratada no livro foi morada do ex-Presidente Bernardino Machado e do próprio Aquilino, que se tornaria seu genro.
"O Romance da Raposa", no entanto, é o livro que atravessou gerações, a história da vida da raposa Salta-Pocinhas. Começa assim: "Havia três dias e três noites que a Salta-Pocinhas - raposeta matreira, fagueira, lambisqueira - corria os bosques, farejando, batendo mato, sem conseguir deitar a unha a outra caça além de uns míseros gafanhotos, nem atinar com abrigo em que pudesse dormir um sonhinho descansado. Desesperada de tão pouca sorte, vinham-lhe tentações de tornar para casa dos pais, onde, embora subterrânea, a cama era mais quente e segura que em castelo de rei, e onde nunca faltava galinha, quando não fosse fresca, de conserva, ou então coelho bravo, acabado de degolar."
Talvez a recordem na versão televisiva. "O Romance da Raposa", publicado em 1959, foi adaptado em 82 para uma série de televisão, de 13 episódios de 13 minutos cada. Produzida pela RTP, Topefilme e Telecine, tem a particularidade de ter diálogos e letras das canções escritos pela igualmente grande Maria Alberta Menéres. Querem recordar? Aproveitem este clipe e partam daí à redescoberta dos restantes episódios. Boa viagem!
Onde foste que te sinto a falta os livros estão fechados sobre a mesa e ninguém trauteia baixinho uma música qualquer enquanto abre as janelas pela manhã
Onde andas que há telhados à tua espera
* para conhecer mais sobre a pintora Karen Hollingsworth siga o link .karenhollingsworth.com
“Trouxe-te uma caixa de lenços, andavas precisado”, disse a minha mãe ao
entrar em casa, vinda da feira que ao sábado faz do pequeno descampado ao lado
do novo bairro uma confusão de gente em transe comercial,
“duas camisas pelo preço de uma, ó freguesa, quer calcinhas confortáveis,
olhe que estas vermelhinhas, para o seu marido estão aqui cuecas que é um luxo,
pode apalpar, toalha de mesa por este preço não encontra, meu amor, já viu a
categoria do tecido, é linda, olhe só esta camisola que é mesmo o seu tamanho.”
Persigo borboletas nos campos de papoilas que me dançam nos olhos como quem persegue o tempo que nos foge, amor Nunca apanharei alguma como nunca voltarei a ter o que escapou
* para conhecer mais sobre o pintor australiano Ralph Heimans
siga o link www.ralphheimans.com
Este livro tem uma história pessoal engraçada. Da única vez que fui a casa de um amigo a Lisboa, ficou por lá. Ia na página 39. E recordo-me que estas páginas, lidas no comboio, tinham sabido por mil...
Ainda passou bastante tempo até ser devolvido - entretanto o amigo emprestado a Lisboa foi para Bruxelas e só regressou a norte há pouco tempo... Mas tanto um como outro, a boa casa retornaram.
Nos "entretantos"... o livro ficou esquecido numa pilha. E, de repente, deixou-se ser engolido por nova leva de livros: um fenómeno que não consigo explicar, mas que acontece com regularidade no meu quarto. Fantasmas?
O livro do mês é Kyoto, do prémio Nobel Yasunari Kawabata. Publicado pela Dom Quixote e traduzido por Virgílio Martinho. Voltamos, desta forma, a Oriente - onde costumamos ser bem felizes.
Quem se junta a esta viagem?
Kyoto, é uma das mais belas obras de Yasunari Kawabata, autor galardoado com o Prémio Nobel de Literatura em 1968. Considerado a sua obra-prima, este romance mergulha profundamente no Universo da psicologia feminina. O tema do amor impossível, já tratado noutros romances de Kawabata, aflora novamente nesta obra de uma tão delicada e subtil narrativa.
Romancista japonês, Yasunari Kawabata nasceu a 11 de Junho de 1899 na cidade de Osaka. Filho de um médico de grande cultura, conheceu a fatalidade da morte muito cedo, ao ficar órfão de ambos os progenitores aos três anos de idade, e ao perder a avó aos sete. Foi portanto criado pelo avô materno.
Após ter concluído os seus estudos secundários em 1920, Kawabata ingressou no curso de Literatura da Universidade Imperial de Tóquio, de onde obteve o seu diploma em 1924. Juntou-se então a uma tertúlia, e ajudou a fundar o Bungei Jidai , publicação que proclamava o Neo-Sensualimo e se mostrava receptiva à literatura europeia de vanguarda.
Kawabata publicou o seu primeiro livro em 1925, Jurokusai No Nikki e, no ano seguinte, arrebatou o sucesso com o aparecimento de Izu No Odoriko (1926, O Bailarino de Izu ), uma novela de cariz autobiográfico que relatava o enamoramento entre dois jovens.
Casou em 1931 e mudou-se para Kamakura, a antiga capital samurai, que abandonou com a deflagração da Segunda Guerra Mundial. De convicções neutrais, refugiou-se na Manchúria, regressando ao seu país depois da rendição japonesa.
Recorrendo a técnicas surrealistas que procuravam combinar a estética tradicional nipónica com a narrativa psicológica em tons de erotismo, publicou Yukiguni (1948, O País da Neve ), romance que descrevia o relacionamento entre o escritor de um livro sobre a dança e uma geisha já madura. Entre 1949 e 1954 surgiu Yama No Oto (A Voz da Montanha ), obra que contava a história de Shingo, um homem preocupado com as crises conjugais dos seus dois filhos, e que procurava fazer ressaltar o carácter emocional do povo japonês.
Na década de 60 tornou-se activista político, defendendo candidaturas conservadoras e assinando, juntamente com Yukio Mishima, um manifesto de protesto contra a Revolução Cultural chinesa.
Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1968, Yasunari Kawabata suicidou-se pela inalação de gás a 16 de Abril de 1972.
*In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010.
Dia 8 de Março chega às livrarias Amuleto de Roberto Bolaño, publicado pela Quetzal. Enquanto não chega o dia para o comprar, fica o essencial.
A voz arrebatadora de Auxílio Lacouture narra um crime atroz e longínquo, que só será desvelado nas últimas páginas deste romance - no qual, de resto, não escasseiam crimes do quotidiano e crimes da formação do gosto artístico.
Uruguaia de meia-idade, alta e magra como Dom Quixote, Auxilio ficara escondida na casa de banho das mulheres durante a ocupação da Faculdade de Letras pela polícia, no México, em 1968. Nesses dias, os lavabos que lhe serviram de esconderijo converteram-se num túnel do tempo, a partir do qual se poderá avistar os anos vividos no México e os anos por viver. No seu discurso rememora a poeta Lilian Serpas, que foi para a cama com Che, e o seu desafortunado filho; os poetas espanhóis León Filipe e Pedro Garfias, a quem auxílio serviu como empregada doméstica voluntária; a pintora catalã Remedios Varo e a sua legião de gatos; o rei dos homossexuais da colónia Guerrero e o seu reino de terror gestual; Arturo Belano, uma das personagens centrais de Detetives Selvagens; e a última imagem de um assassínio esquecido.
«Um romance belo e comovente. O seu criador consegue dar vida a uma personagem que ficará gravado na memória do leitor.»
Quando o Padeiro Velho de Casdemundo teve a certeza de que Manolo Cabra
lhe desfeiteara a irmã, em dois segundos decidiu tudo. Nessa mesma noite
matou-o de emboscada, arrastou o cadáver para o palheiro e foi acender o forno
com uma vides que comprara para as empanadas da festa de San Bartolomé.
*Galego da
Província de Ourense que veio a Portugal ganhar a vida
Dobro-me ligeiramente sobre o livro devia usar óculos, bem sei mas o brilho das tuas palavras não se mede em dioptrias nem o som que ecoa no virar de cada página exige armações além das que vêm de origem no espaço entre as orelhas
Ando há uns dias com o braço pousado sobre três volumes de Cardoso Pires, recordando do autor o ar de bonomia com que ainda o conheci e com que o cartoonista António o retratou na parede de mármore da estação de Metropolitano do Aeroporto, em Lisboa, lado a lado com mais de meia centena de figuras gradas.
José Augusto Neves Cardoso Pires (São João do Peso, Vila de Rei, 2 outubro 1925 — Lisboa, 26 outubro 1998), escritor, jornalista. Curiosamente, licenciado em Matemáticas Superiores. Não sei se esse canudo lhe teria tornado mais fácil a tarefa de escolher entre "O Delfim", "Alexandra Alpha" ou o sempre presente "Balada da Praia dos Cães".
Decido não escolher. Vou abrir ao acaso uma página de cada e transferir para aqui o primeiro trecho em que o meu olhar se prender. "Elias a páginas tantas do processo quase não interroga, deixa correr. Encavalita-se ali naquela cadeira, cotovelos sobre o espaldar e prepara-se para grandes vagares. Conte, diz ele. Comece por onde quiser. Mena está sentada na tarimba, contra a parede, as mãos cruzadas na nuca. Hoje tem um pullover sem mangas em cima da pele: tufos de pêlos irrompem-lhe das axilas. Debruçado nas costas da cadeira o polícia estuda-a com olhos de míope. Mena. Os braços erguidos alteiam-lhe os seios que parecem soltos e estão mesmo (sem soutien, pela maneira de descair do pullover) e os pêlos do sovaco são de um negro seco e agreste, tão negro como é decerto todo o cabelo que ela tem no mais privado do corpo e com um gosto acidulado, retenso. O chefe de brigada tira um limpa-unhas do bolso num movimento paciente. Silêncio. O silêncio do preso é a insónio do polícia, aguardemos."
in "Balada da Praia dos Cães" ~ "Tomás Manuel baixa os olhos para o copo, fica uns momentos calado. Depois: 'Não há dúvida que tenho que ler os teus livros.' 'Kaputt. Sobre os meus livros peço tréguas.' 'Falo a sério, pá. De qual é que tu gostas mais?' Encho-me de paciência. Respondo-lhe que gosto de todos os livros que escrevi, e de maneira e por razões diferentes; que em todos falta qualquer rasgo do acaso para os tornar definitivos, acabados, e daí nunca poder abandoná-los, gostando ainda mais deles por isso. Depois - explico - cada romance tem as suas recordações à margem das aventuras que conta, cada um vai crescendo com o tempo, corrigindo-se com o corpo e a voz do homem que o escreveu. Isso, as memórias ligadas a uma obra e a certeza de a trazermos continuamente connosco, suspensa, inacabada, é que tornam feliz a arte de escrever."
in "O Delfim" ~
"Foi então que ela caiu em si e percebeu o ridículo do que acabava de dizer. 'Porque é que os portugueses estão sempre a pedir desculpa do país', tinha perguntado uma vez um jornalista alemão. E, merda, ela, a Maria, só lhe vinha dar razão, acabava de se comportar como um cicerone envergonhado da terra que lhe coube na sina. Puxou de um dos seus famigerados mata-ratos. Imperdoável. Ela, armada em proviciana desdenhosa, a rir-se dos poderes domésticos para divertimento de um françois qualquer."
in "Alexandra Alpha" ~ Para terminar, dois vídeos com excertos de uma entrevista gravada em 1987 na sua casa da Costa da Caparica. Boa viagem!
Entra-se em Ver de Águas por um pontão algo estreito, depois de se
atravessar um macadame esburacado, mas antes este macadame, que outrora tudo
aquilo era ravina de pó.
Em repouso ouço o vento lá fora e sei da tempestade cá dentro Conforta apenas saber que ambos irão como vieram
* para saber mais sobre o pintor napolitano Ulisse Caputo siga o link www.bonhams.com para a biografia e faça depois uma pesquisa de imagens pelo nome dele
À venda na próxima semana: Occupy, de Noam Chomsky. Inclui um capítulo com informações sobre os direitos dos manifestantes, o modo de proceder em caso de detenção e outras indicações à luz da legislação portuguesa.
Editado pela Antígona e traduzido por Maria Afonso.
*A contracapa de Occupy, de Noam Chomsky, a próxima novidade da Antígona.
Kota Baharu, Malásia, perto da fronteira com a Tailândia.
22 de Abril 2009
Cheguei a um sítio pequeno junto à fronteira, com uns 'amigos' feitos no comboio, entre eles um casal inglês e um americano chamado Dakota. Este último já tinha um nome em agenda para pernoitarmos: a pensão do Mr. Lee.
Mr. Lee é um chinês malaio. Ficámos em sua casa com todas as comodidades e pequeno almoço incluído. Paguei um pouco mais do que estava habituado, mas, depois de 17 horas num comboio, acho que foi merecido. No fim de tamanha aventura, tudo parecia o paraíso... Mesmo as mínimas atenções. E foi das primeiras noites que dormi como deve ser.
Após o banho tomado, Mr. Lee deixou todos os hóspedes na pequena cidade para jantar. Combinámos uma hora e partimos à descoberta do mercado e da comida. O mercado era maioritariamente muçulmano. Ao fundo podia escutar-se uma voz saída da mesquita.
O Mr. Lee foi buscar os hóspedes cedo. Ainda bem, aquela aldeia era minúscula e não tinha grandes atractivos. A noite foi relaxante. Um tónico para voltar a entrar na Tailândia. Desta vez rumo às praias...
Já de manhã, cheguei à fronteira para regressar ao país dos Thai e atravessei uma ponte - que, na verdade, era o posto fronteiriço. Foi chegar à Tailândia e voltar para trás. Não tinha feito o check out da Malásia. Na ponte havia um conjunto de pessoas, umas gaiolas com uns pássaros e um homem a pedir. Ficaram a olhar para a comitiva estrangeira com ar de espanto: ora vão para lá, ora voltam para cá...
Foi bom ter regressado. Encontrei um marco do correio. E deixei o primeiros postais para a família.