sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O Rodrigo em mim, Maria José Ferrão

foto: Clara Amorim

Obrigado Rodrigo pela honra de dar a conhecer a magia do seu livro.
Obrigado a todos e todas pela presença aqui, para juntos festejarmos este nascimento, que se torna público e que vem pedir também a todos e a cada um, que vão folhear esta preciosidade, para que o façam com a sensibilidade e a inteligência que a mesma merece.

Escrevi três tópicos que vou de uma forma leve deixar “transpirar”:  O Rodrigo, o livro e a poesia.

Desde menino que conheço o Rodrigo. Loiro, bonito, de sorriso fácil e de coração imenso.
Tenho bem presente na minha memória afectiva, as visitas que ele fazia a casa da minha mãe, ou quando, em festas de família, ele parecia já flutuar nos seus pensamentos muito próprios, mas a leitura que a minha mãe fazia dele, resumia-se a um olhar de deslumbramento que verbalizava assim: - este pequeno parece um príncipe!
Pois, depois e de uma forma subtil, foi crescendo rei das letras, dos livros e do sentir, tornando-os companheiros inseparáveis da sua vida.
Deixou que príncipes e princesas preenchessem o seu imaginário literário. Deixou que lágrimas e pequenos monstros ensombrassem o que a sua vida lhe sussurrava, mas também deixou entrar risos e sorrisos muito mais que cristalinos. E viajou, trazendo as viagens dentro de si.
E, com a poesia lado a lado, o poema fez-se livro como uma música ou um grito.

Queria dizer-lhes que este, não é um qualquer livro de poesia. A poesia não tem regras, e por isso tem esse nome, mas está essencialmente na alma que pomos em cada letra que escrevemos e que saboreamos na lentidão do tempo e na ausência do espaço.
Este livro, que hoje e aqui na nossa cidade é apresentado, é a vida no seu pulsar de memórias, do Avô Vitorino como figura inspiradora e que tão bem ilustra a capa, numa essência e existência  muito presentes. É a saudade das ausências, é a alegria que só o amor nos traz, mas também a dor que lhe é subjacente. É a eterna dicotomia entre a vida e a morte. É a vida concreta do hospital, dos olhares, da solidão pesada mas também da  partilha, das casas, do tempo, esse Khronos que nos domina, das esperas “bordadas” de esperança e das surpresas que nos dão a magia e a luz única das crianças, dos abraços e dos gestos de que a afectividade é feita e se deixa perdurar, e também do pensamento e das interrogações que subjazem ao filósofo que continuamente se questiona perante a realidade e que o faz interpelar o mundo.

Gostei desta página e cito o que o Rodrigo escreve: aprendi com a vida que o amor não é mais do que geometria, prisma de várias e múltiplas pessoas idênticas e raramente paralelas entre si - fim de citação.

E que mais nos traz este livro?
Leva-nos aos esconderijos do nosso eu, mas também às certezas e ao concreto da vida: as árvores, ao longe e o perto, aos pontos sem retorno, às separações e aos encontros, aos dias claros e escuros, ao tempo, e ao TUDO. Mesmo TUDO.
É sobre este tudo que também é feito de pormenores que parecem pequenos nadas, e que fazem a vida e as pessoas, que o Rodrigo nos brinda através do seu livro. Eu diria, uma pérola, para quem a quiser descobrir e depois voar.

Convém deixar um espaço para o silêncio, de preferência com doçura e ternura, para deixar-se levar pelas emoções que vivem no nosso eu mais profundo, onde somos inteiros, plenos, verdadeiros, sensíveis quanto baste. E é também nesta certeza acalentada de sermos capazes de deixar que os nossos olhos se encham de brilho. É o que lhes vai acontecer à medida que vão folheando e percorrendo este itinerário literário que sendo do Rodrigo é também nosso.


Obrigado Rodrigo. Até sempre num aqui e num agora.

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*O Rodrigo em mim, texto de Maria José Ferrão lido na apresentação do livro «Todos os tempos verbais», nas Galerias Lumière, Porto, no passado sábado, dia 28 de Novembro

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

É do borogodó: existe o segredo e existe o mistério

Na mesa do café, dois pires vazios de xícaras ou resquícios de açúcar.
A mão separa um pires do outro.
– Tá vendo esse pires? Esse pires é o segredo que podemos dividir.
–  E esse outro o que é?
– Calma, menina, que eu já vou dizer desse outro o que é.
E ela dá uma risadinha com um quarto de nervoso, um quarto de assombro e metade de sem saber porque ri.
– Esse outro, não saberemos dele mais do que ele revelaria se a nós pudesse se revelar. Esse é o mistério.
Diria a menina que o rapaz é incomum. Ela diria e diz porque, afinal de contas, é tagarela e fala muito pela boca e pelos cotovelos. Ela conta histórias e ele também conta e ouve histórias boas de se contar e ouvir.
A conversa deles é uma parede branca. Eles sentam ao pé da parede branca e esperam que as palavras venham. É nessa hora que ele olha de cá, e a menina olha de lá.
Uma família conhecida dele também se senta todos os dias para apreciar a sua parede branca.
Há histórias que pedem para a gente se sentar.
Acontece que um dia, no meio da história da parede branca daquela família, todos avistaram um risquinho.
Há histórias de riscos e rabiscos.
Observaram o risquinho. A família e os curiosos.
Um homem de roupa de ginástica que passava pelo corredor e uma moça a cavalo, um apresentador de concursos de televisão e o manobrista de carros… Deitaram a fazer perguntas: “de onde veio, para o que, quem fez e o que é este risquinho?”
Eram apressados tagarelas como a menina que queria saber do que era feito o pires no começo da nossa conversa. Pessoas que não dão ao tempo o tempo necessário de dizer as coisas.
E o risquinho na parede, visto de perto, era perfeito. Não estaria ali por acaso, um risquinho tão perfeito.
O risquinho podia ser um fio de cabelo, podia ser um corpo a dormir, até criação de um artista podia ser. Mas o fato é que ninguém o sabia. O risquinho era um mistério.
O escritor Alexandre Honrado convida para mais uma de suas fantásticas histórias em TODOS POR UM RISQUINHO, na companhia da ilustradora Joana Rita, com selo da Bertrand Editora de Portugal.
Aqui no Brasil, as editoras que fiquem de olho nesse autor de miúdas delicadezas. Com sua poética singular, Alexandre convida seus leitores ao olhar além das coisas, transcendendo as primeiras impressões carregadas de julgamentos para alcançar uma exploração essencial na narrativa.
Quem for perspicaz em comprar livros portugueses pela internet, aproveite a dica. TODOS POR UM RISQUINHO é uma pérola (ou melhor, um risco) que não deve faltar para nosso baú de mistérios.


*escolhido por Penélope Martins, nossa ponte para o Brasil

flores


calhava de a noite desabotoar
os teus cabelos sobre o peito
era como se as constelações
te ungissem a pele de rútilo

as flores do jardim abrem-se na sede
em que os dedos tacteiam a memória.

Helder Magalhães

"Just find me" by Aitor Frías & Cecilia Jiménez Photography

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A minha apresentação no Porto


Andei a tentar organizar as ideias para dizer alguma coisa neste dia importante. A vida põe-nos neste corre-corre e parece que só conseguimos parar, por breves momentos, quando estamos de véspera. Somos confrontados com mil e um desafios. A cada dia que passa fica mais complicado quebrar o ritmo.

Não sei como conseguem os poetas sobreviver nos tempos de hoje. Digo-o, porque é um desafio constante arranjar espaços de silêncio, recolhas solitárias, locais onde não os descubram.
Talvez a poesia procure dar significado aos silêncios da alma. O poema seria então o derradeiro acto de coragem, daqueles que gritam bem alto os sentimentos, dentro de um túnel de vento. Um escape às rotinas, que não necessariamente um projecto sincero. Uma montagem de legos, talvez, onde as palavras são pequenas peças que vamos compondo até ter uma figura.

Estou num processo de saída de casa dos meus pais. É a terceira vez que parto, contínuo sem saber se será para sempre. Para mim é certo que nunca devemos excluir ou esquecer os locais onde mora a felicidade. O facto mais simples e básico do amor é precisamente reconhecer que o núcleo principal que o compõe não nasce connosco, mas começa bem antes, com quem nos gera.
Eu não resolvi de um dia para o outro começar a escrever. Vivi e cresci com a doce loucura de um pai coleccionador de livros. Ainda hoje acredito que os alicerces daquela casa não são os tijolos que a compõem, mas os milhares de livros que lá habitam.

A vontade (que só quem vive percebe) de estar rodeado de livros, de saber que uma casa sem estantes é despida de alma e sentimento; explica muita da paixão que tenho por ler. Mas não só. Na família há alguns casos de pessoas que se meteram pela escrita. E isso parece ser transversal a todas as últimas gerações. Explicado, quem sabe, pelo simples acto espontâneo de querer dizer alguma coisa ao mundo.
Talvez seja este o meu ponto de partida na escrita – uma vida que me foi dada já com a existência dos objectos, das paixões dos coleccionadores, dos que precisam de mostrar aos outros aquilo que lhes vai na estratosfera da consciência.

Ter sido livreiro também ajudou a escrever, ler grandes livros potenciou a aventura e descoberta. Nos últimos anos, estive sempre à beira de passar esta barreira que nos separa do desconhecido ao exposto. Escrever é um acto de coragem, repito. E eu tive que me sentir preparado para a ter.
Antes da poesia, houve a crónica. Antes da crónica, houve um blog. Antes de um blog, já eu deixara várias pistas de que um dia me ia atirar de parapente. Mas tinha que perceber o que estava do outro lado do espelho, nem que fosse pelo desafio de me situar.

Tenho uma relação inconstante com aquilo que escrevo. Consigo perceber a arquitectura, o ritmo, a procura geométrica das palavras, a sua colocação pensada. Sei todos os segredos por detrás dos hífens, reticências, pausas e parêntesis, repetições. Só eu sei que parte é a minha vida, que percentagem tem as minhas memórias, o que são respostas que não tenho, o que é absolutamente fingido e não é sequer meu… Porque eu não sou o eu poético, o ser poético é que vive dentro de mim e me vai usando. Como diria Mário de Sá Carneiro, “Eu não sou eu, nem sou o outro. Sou qualquer coisa de intermédio. Pilar da ponte de tédio, que vai de mim, para o outro.”

O poema normalmente apresenta-se a qualquer hora do dia. O banho costuma ser um lugar onde se geram ideias. A rua (e o simples acto de caminhar) também. Tropeçar numa frase que surge do nada, é normalmente o princípio. E muitas vezes ela vai dar início à montagem.

De baixo para cima esquematizei muitos poemas. De uns textos fiz alguns segundos, numa espécie de acto criativo contínuo. Há coisas que escrevo num impulso rápido e repentino. Outras vezes não, são monstros que crescem comigo cá dentro e que eu preciso de tempo para os expulsar.
Nunca julguei ou senti pensar que o que escrevo pudesse dizer algo ao leitor. Esse é um dos super poderes de quem escreve, que eu só vivi quando começaram a comentar, a citar ou a enviar mensagens acerca do que tinha acabado de produzir e partilhar. Que boa é a sensação de alguém dizer que determinado poema exprime, de alguma forma, o que essa pessoa gostaria de ter dito, mas não o soube ou conseguiu dizer.

Ao mesmo tempo, é estranhíssimo ter um livro publicado. Conto algumas vezes o episódio de estar este ano na feira do livro do Porto e, de repente, aparecer uma pessoa que me diz: “vamos ali à banca onde está o teu livro à venda, quero que me assines um”. Foi uma descida à realidade, o objecto existe e eu sou autor. A verdade é que não me lembro disso todos os dias, por vezes não sei bem se isto é real ou uma ficção que alguém escolheu por mim.


«Todos os tempos verbais» é, assim, aquilo que tenho apelidado de meu livro zero. Não sei bem o que sou enquanto escritor, não sei bem para onde me dirigir a seguir, não faço ideia de onde me situar. E isso é mesmo bom, acreditem. Estou muito longe da fama que se faz em torno dos escritores serem sofredores profissionais, carregarem consigo o peso das suas obras.

Cada vez que leio este meu livro, descubro coisas novas. E há ali pensamentos e frases onde me apetece acrescentar qualquer coisa ou pedaços que me inspiram para futuros poemas.

Uma das outras grandes descobertas que fiz foi talvez perceber algumas ligações entre os poemas que compõem o livro. É extraordinário, porque a ideia nunca foi fazê-lo (o livro nasce com quase todos os poemas escritos). Sentir um fio condutor, uma ténue continuidade entre eles, foi talvez o que mais me surpreendeu neste processo.

Fui sendo empurrado para publicar, sempre que partilhava mais um poema e me liam. Mas ainda hoje questiono como se deu o click?… A ideia do objecto foi toda pensada rapidamente, sem grandes consultas. A partir do momento em que escrevi o poema mais pessoal deste livro, com o título “Avô”, uma voz interior fortíssima atirou-me para o sonho de publicar, podendo, ao mesmo tempo, num acto de amor, dedicá-lo a uma figura fortíssima que me influenciou muito.

A capa não é a figura animada popular das nossas infâncias, como alguém disse, do Inspector Gadget. Apesar das parecenças, o trabalho fantástico do David Pintor é, na realidade, a interpretação do poema dedicado ao meu avô. Para quem o conheceu, fica fácil reconhecê-lo.

O David Pintor, conhecido ilustrador galego, foi a minha primeira escolha para a capa. Conheci o David numa exposição, ali no edifício Axa, em plenos Aliados. Mas ele apresentou-se-me sob a forma de vários quadros de escritores ilustrados, não enquanto pessoa. Rapidamente apareceu-me na internet e comecei de imediato a divulgar o seu trabalho. Mais tarde, tive a sorte de o ver numa livraria infantil aqui no Porto, e foi fantástico ter um livro assinado por ele. O David ilustra as suas dedicatórias – é esta a extensão das suas palavras, do seu nome.

O prefácio da Ana Paula Oliveira e o posfácio da Ana Almeida também foram dois processos rápidos. Eu queria dar espaço a duas pessoas que sempre me impulsionaram na escrita, pelas críticas que me fizeram àquilo que liam. Mas isso até não é o mais importante. O facto é que o amor pelos livros, a descoberta do mundo em que habitam, o encanto pelas palavras… fez crescer uma amizade natural e muito bem vivida. E isso bastaria apenas e só para participarem desta aventura.

A Clara Amorim, aqui presente, foi a pessoa que mais plantou em mim a ideia de um livro. Talvez achasse essa ideia louca quando a ouvi pela primeira vez, cheguei a pensar que pastilhas andava ela a tomar para dizer aquilo, e que farmácia as vendia?

Creio que a Clara também se move e viaja pelas pessoas que lê. Ler livros é uma coisa, mas ler pessoas e livros é outra. E assim, com grande benefício para os escritores e para a Clara, nascem obras, chovem críticas, dão-se uns retoques, organizam-se ideias, crescem amizades improváveis, que não teriam começado caso não vivêssemos neste mundo em rede.

Transpor o virtual para o real é também um acto de coragem, voltámos à mesma ideia. Num planeta onde há cada vez mais actores e menos realizadores, passar a barreira da rede para o abraço, é, em si, atirarmo-nos sem medo para a frente. Ninguém poderia dizer isto há 30 anos atrás, mas assim é.
A Maria José Ferrão (por quase toda a gente conhecida por Mizeca), minha prima e amiga de outra geração (apesar de ter tanta coisa comigo na mesmíssima idade e proporção), foi também a minha primeira escolha para estar ao meu lado no Porto.

Sempre gostei de pessoas invulgares. E por invulgar entendo alguém que tem palavras e olhares que a grande maioria não tem ou não pratica. A Mizeca usa os seus olhares todos, quase como uma prece religiosa. Tem também uma necessidade constante de alimentar a alma, para levar consigo tudo aquilo em que acredita e dar a mão àqueles que ama. Vive no seu mundo próprio e, tal como eu, parece não viver obcecada com aprovações. Num mundo carregado de pessoas tóxicas e de uma certa tendência para ordenarmos os dever-ser, mesmo nos sentimentos que convém organizar; ser invulgar também começa a ser um acto de coragem. Felizmente para a Mizeca nunca foi preciso mudar o disco, a coragem nem é um conceito que ela precise de agarrar com particular força, porque já nasceu misturada entre tantas outras significâncias.

O meu livro procura dar sentidos. Ao contrário do que vulgarmente se diz, acho que nunca chegámos a sair verdadeiramente da idade dos porquês – não, isso não pode ser apenas uma fase da infância. E a poesia é isso: um sentido, um caminho. Onde estou, para onde vou, o que é verdadeiro, o que é ficção, o que é estilo e o que é palha para encher versos?

Vivo o momento mágico de estar aqui. Nunca pensei ter uma plateia para me ouvir, nem nos meus maiores sonhos. Ter a sorte de ter aqui a família presente a dar-me apoio, de ter amigos que fui guardando em todas as idades, de ter pessoas que não conheço muito bem, mas que estão cá; é verdadeiramente um acontecimento na minha história. Sinto e guardo a certeza de que hoje algo muda em mim, num misto de alívio e de certezas para um caminho. Tudo o que vier depois só pode ser mais e melhor.

Nós vamos fazer esta viagem juntos, com a coragem necessária. E sem pressas, sem ligar muito a convenções. Procuremos não ceder à banalidade dos dias, à aceitação dos actos repetitivos. Que haja espaço para mais poesia, livros e conversas sobre eles – isso é o que vos peço.

Em breve vou sair de casa. Não sei bem o que sentir ou como exprimir a partida em palavras. Nesta viagem que é viver, espero ter sempre a força para que os lugares me inspirem. Ou porque tenho saudades deles ou porque simplesmente são o meu aqui e agora, o meu presente.

Não é fácil encontrar o caminho dos sentimentos pela escrita. Por vezes podemos ser vítimas naturais daquilo que já lemos, daquilo que alguém já disse. Mas eu continuo a pensar que os poetas arranjarão sempre forma de sobreviver e de trazer ao mundo um caminho alternativo.

A poesia faz todo o sentido nesta era de sentimentos descartáveis, convencionalismos globais, rebanhos megalómanos. É uma pausa nesta concepção de humanidade que quer à força os seus minutos de fama. É uma solução para quebrar rotinas, ir de encontro aos caminhos mais simples, que tantas vezes fazemos de conta não existirem, apenas e só para parecer bem.

Quem quiser, por favor pegue no meu livro. Tenho todo o prazer em discuti-lo e revelar muitos dos seus segredos, com a intersubjectividade de eu próprio ainda não o conhecer totalmente.

Agradeço novamente aos apresentadores que estiveram aqui comigo, às Galerias Lumière, ao Filipe Soares, à Teresa Castro (uma amiga que trago do meu primeiro emprego, numa livraria, e que hoje é dona da fantástica loja que temos aqui, a AguAgu), ao Helder Magalhães e ao Daniel Gonçalves, por me terem dado luzes sobre como montar uma edição de autor e tudo o que é preciso. Agradeço também toda a ajuda da gráfica, a RealBase, e ainda à minha amiga Sara Costa Leite, que abrilhantou os flyers que circularam nas redes sociais e nos emails.


A todos, muito obrigado por terem vindo. Acreditem que estão a celebrar um dos dias mais felizes que vivi até aqui. 

*Rodrigo Ferrão, no dia da apresentação de «Todos os tempos verbais», nas Galerias Lumière


Agradecimentos: David Pintor | Ana Almeida | Ana Paula Oliveira | Helder Magalhães | Clara Amorim | Maria José Ferrão | Sara Costa Leite | Daniel Gonçalves | Teresa Castro | Filipe Soares | Galerias Lumière | RealBase