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sábado, 6 de setembro de 2014
Snobidando... Tonino Guerra
HISTÓRIAS PARA UM NOITE DE CALMARIA, Tonino Guerra, trad. Mário Rui de Oliveira, Assírio & Alvim
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Poema à noitinha... José Tolentino Mendonça
A Noite Abre Meus Olhos
Caminhei sempre para ti sobre o mar encrespado
na constelação onde os tremoceiros estendem
rondas de aço e charcos
no seu extremo azulado
Ferrugens cintilam no mundo,
atravessei a corrente
unicamente às escuras
construí minha casa na duração
de obscuras línguas de fogo, de lianas, de líquenes
A aurora para a qual todos se voltam
leva meu barco da porta entreaberta
o amor é uma noite a que se chega só
*José Tolentino Mendonça, in A Estrada Branca
na constelação onde os tremoceiros estendem
rondas de aço e charcos
no seu extremo azulado
Ferrugens cintilam no mundo,
atravessei a corrente
unicamente às escuras
construí minha casa na duração
de obscuras línguas de fogo, de lianas, de líquenes
A aurora para a qual todos se voltam
leva meu barco da porta entreaberta
o amor é uma noite a que se chega só
*José Tolentino Mendonça, in A Estrada Branca
Está aí a Feira do Livro do Porto
Volta por direito próprio, depois de ter sido riscada por quem não percebe nada do assunto!
De 5/9 às 18:00 até 21/9 às 23:00
Palácio de Cristal, Porto
Conheça a programação em vídeo: https://www.facebook.com/video.php?v=1467445606859730
feiradolivro@cm-porto.pt
E quem é que vai lá estar?
A Snob!!
A Feira do Livro do Porto começa já nesta próxima sexta-feira e na Snob queremos que os nossos leitores rumem até ao STAND 53 para dois dedos de conversa.
Aqui fica a abençoada lista (definitiva ou quase) de todas as editoras/revistas/chancelas/livros que se aconchegarão connosco:
Revista Grisu
Flanzine
Flan de Tal
CRU - Revista Rasca e Vadia
não edições
Chão da Feira
Mariposa azual
Pianola Editores
Momo
Eclusa
Golpe D'asa
Língua Morta
Livros de Ontem
do lado esquerdo
Editora a tua mãe / Nicotina Zine
Pé de Mosca
Café com bichos
Douda Correria / Mia Soave
Livros de Bordo
Cama De Gato Edições
Até já!
Aqui fica a abençoada lista (definitiva ou quase) de todas as editoras/revistas/chancelas/livros que se aconchegarão connosco:
Revista Grisu
Flanzine
Flan de Tal
CRU - Revista Rasca e Vadia
não edições
Chão da Feira
Mariposa azual
Pianola Editores
Momo
Eclusa
Golpe D'asa
Língua Morta
Livros de Ontem
do lado esquerdo
Editora a tua mãe / Nicotina Zine
Pé de Mosca
Café com bichos
Douda Correria / Mia Soave
Livros de Bordo
Cama De Gato Edições
Até já!
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a-ver-livros: perdão
Transpõe a barreira brusca
das palavras soltas
armadas de gumes
desabridos
à espera nas esquinas
assalto em tropel
salta a página
num golpe de asas
arrebatamento
perdão
Ana Almeida
das palavras soltas
armadas de gumes
desabridos
à espera nas esquinas
assalto em tropel
salta a página
num golpe de asas
arrebatamento
perdão
Ana Almeida
![]() |
* para saber mais sobre o pintor francês Louis-Jean Gal siga o link http://www.louis-jeangal.fr/ |
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Poema à noitinha... António Osório encontra Elis Regina
Os Loucos
Há vários tipos de louco.
O hitleriano, que barafusta.
O solícito, que dirige o trânsito.
O maníaco fala-só.
O idiota que se baba,
explicado pelo psiquiatra gago.
O legatário de outros,
o que nos governa.
O depressivo que salva
o mundo. Aqueles que o destroem.
E há sempre um
(o mais intratável) que não desiste
e escreve versos.
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Gosto desta velha senhora
que ri, manso, pela rua, de felicidade.
*António Osório, in A Ignorância da Morte
a-ver-livros: lê, recita, soletra
Lê para mim
quero verbos irregulares
no timbre da voz
que lembro
Recita devagar
os poemas da infância perdida
não vão correr
para longe da sombra
que sobra
Soletra o meu nome
no fim
- imperfeito
Ana Almeida
* mural num prédio de Lisboa. Não tive tempo de investigar autoria. Se alguém souber, por favor partilhe
quero verbos irregulares
no timbre da voz
que lembro
Recita devagar
os poemas da infância perdida
não vão correr
para longe da sombra
que sobra
Soletra o meu nome
no fim
- imperfeito
Ana Almeida
* mural num prédio de Lisboa. Não tive tempo de investigar autoria. Se alguém souber, por favor partilhe
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Poema à noitinha... Friedrich Nietzsche
Remédio para o Pessimismo
Queixas-te porque não encontras nada a teu gosto?
São então sempre os teus velhos caprichos
Ouço-te praguejar, gritar e escarrar...
Estou esgotado, o meu coração despedaça-se.
Ouve, meu caro, decide-te livremente.
A engolir um sapinho bem gordinho,
De uma só vez e sem olhar.
É remédio soberano para a dispepsia.
*Friedrich Nietzsche, in A Gaia Ciência
São então sempre os teus velhos caprichos
Ouço-te praguejar, gritar e escarrar...
Estou esgotado, o meu coração despedaça-se.
Ouve, meu caro, decide-te livremente.
A engolir um sapinho bem gordinho,
De uma só vez e sem olhar.
É remédio soberano para a dispepsia.
*Friedrich Nietzsche, in A Gaia Ciência
O melhor acessório de sempre para um leitor?
terça-feira, 2 de setembro de 2014
É do borogodó: poemas do jardim
POEMAS DO JARDIM me faz lembrar do dia em que o prefeito mandou cortar as árvores da praça para botar aparelhos de ginástica. Eu mesma vi tombar João e a família de-barro...
Este é meu primeiro livro junto com a parceira Tati Móes. E o mundo é nosso jardim.
Penélope Martins
a-ver-livros: inferno
Adivinho o mar que não vejo
nas idas e vindas
como as nuvens que passam
sobre o cume
do nada
No escuro decifro
o código que fechou
a porta
a boca
a mão sobre a pedra
a pedra no peito
Pressinto o fogo
o rasto selvagem
que os pés rasgaram
na partida
e ardo
no inferno
de ser assim
Ana Almeida
nas idas e vindas
como as nuvens que passam
sobre o cume
do nada
No escuro decifro
o código que fechou
a porta
a boca
a mão sobre a pedra
a pedra no peito
Pressinto o fogo
o rasto selvagem
que os pés rasgaram
na partida
e ardo
no inferno
de ser assim
Ana Almeida
![]() |
* para saber mais sobre o espanhol Didier Lourenço siga o link www.didierlourenco.net |
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Poema à noitinha... Jorge Reis-Sá
Pai, a Minha Sombra és Tu
a cadeira está vazia, um corpo ausente
não aquece a madeira que lhe dá forma
e não ouço o recado que me quiseste dar
nem a tua voz forte que grita meninos
na hora de acordar
ouço o teu abraço, no corredor em gaia
e os olhos molhados pela inusitada despedida
o sol foge
mas o crepúsculo desenha a sombra que
tenho colada aos pés
ou o espelho, coberto com a tua face
pai, digo-te
a minha sombra és tu
*Jorge Reis-Sá, in A Palavra no Cimo das Águas
não aquece a madeira que lhe dá forma
e não ouço o recado que me quiseste dar
nem a tua voz forte que grita meninos
na hora de acordar
ouço o teu abraço, no corredor em gaia
e os olhos molhados pela inusitada despedida
o sol foge
mas o crepúsculo desenha a sombra que
tenho colada aos pés
ou o espelho, coberto com a tua face
pai, digo-te
a minha sombra és tu
*Jorge Reis-Sá, in A Palavra no Cimo das Águas
a-ver-livros: a oeste do nirvana
Trazia os olhos fechados
de não querer ver
o peito fechado
de não querer sentir
trazia as mãos
nos bolsos das calças
escondida a falta de mim
no riso roubado à pele
e o extremo vazio de ti
Abri-os quando abracei o tigre
e regressei à montanha
Ana Almeida
de não querer ver
o peito fechado
de não querer sentir
trazia as mãos
nos bolsos das calças
escondida a falta de mim
no riso roubado à pele
e o extremo vazio de ti
Abri-os quando abracei o tigre
e regressei à montanha
Ana Almeida
domingo, 31 de agosto de 2014
Foto frase do dia: Carlos Drummond de Andrade
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