Retirado da página do facebook:
sábado, 8 de março de 2014
Qual destas frases escolhem para ser a vencedora do passatempo «Pretérito Perfeito»?
Qual é a frase que escolhem para ser a vencedora do passatempo Pretérito Perfeito, da "nossa" Raquel Serejo Martins?
Estas são as quatro melhores frases a concurso. E vão agora a uma grande final que decorre até dia 10. A mais votada ajuda o júri a decidir o vencedor - basta comentarem este post (aqui no blog, na página do facebook ou também no grupo).
Boa sorte!
~~__~~
Se fosse um verbo, qual seria? Em que tempo, e porquê?
Se fosse um verbo, qual seria? Em que tempo, e porquê?
Manuel Catumba
Eu seria o presente do indicativo do verbo " dorler", eu dorleio-me.
Foi o verbo que inventei para dizer que vou dormir, isto é, que vou ler. Sim, porque nunca vou para a cama dormir, vou ler para dormir . E dorleio-me todas as noites!
Poética
Uma nova entrada no dicionário:
poemar v. 1 ler e escrever poemas junto ao mar; 2 salvar a humanidade com poemas lidos e escritos junto ao mar
Uma nova entrada na gramática:
Poemar – verbo unipessoal, apenas se conjuga no Presente do Indicativo, na 3ª pessoa do singular que é muito plural.
Exemplo: O mundo poema.
Cristina Marques
Opto pelo verbo LER (hiperónimo de todas as ações e estados que os restantes verbos sugerem) . o tempo eleito é o Pretérito perfeito, o único que me garante a ação consumada e, portanto, a fruição experienciada!
*O vencedor terá que enviar-nos a sua morada. Em caso de não o fizer, o Clube atribuirá o livro a outro(a) finalista. Fique atenta(o)!
sexta-feira, 7 de março de 2014
a-ver-livros: cegueira
Encegueço
de querer-te
leio-te alto
no toque da pele
as lengalengas
que nos cingiram
a mais tenra idade
Dá-me a tua mão,
vem soletrar
o futuro
Ana Almeida
de querer-te
leio-te alto
no toque da pele
as lengalengas
que nos cingiram
a mais tenra idade
Dá-me a tua mão,
vem soletrar
o futuro
Ana Almeida
![]() |
* para saber mais sobre a pintora alemã Jeanne Mammen siga o link www.jeanne-mammen.de/html/english |
DN: Câmara do Porto assume organização da Feira do Livro
Câmara do Porto assume organização da Feira do Livro
Rui Moreira é o presidente da Câmara do PortoFotografia © Ricardo Junior/Global Imagens
A Câmara do Porto vai organizar, entre 5 a 21 de setembro, nos Jardins do Palácio de Cristal, a Feira do Livro do Porto, contando com o apoio da Biblioteca Almeida Garrett, anunciou hoje a autarquia, em comunicado.
Em mais de 80 anos, é a primeira vez que a Câmara Municipal assume a total organização da Feira do Livro, antes promovida pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) com quem o município mantinha um diferendo quanto aos custos da iniciativa.
Também pela primeira vez, o evento estará aberto à participação de livrarias, alfarrabistas, editores e associações e cooperativas do setor.
A programação cultural da feira será da responsabilidade do pelouro da Cultura da autarquia e a empresa municipal Porto Lazer encarregar-se-á da logística e animação do certame.
A escolha da nova data, segundo o comunicado, teve como objetivo fazer coincidir a Feira do Livro do Porto com o início do ano letivo.
"Por outro lado, a calendarização em setembro vai ao encontro da política de melhor distribuição de grandes eventos com potencial cultural e turístico ao longo do ano, alargando a época alta de animação da cidade que, no Porto, se inicia em finais de maio e se quer prolongar até finais de setembro", refere.
Até 2012, a Feira do Livro era organizada pela APEL que mantinha um diferendo com a Câmara Municipal devido à partilha dos custos do evento.
Em fevereiro, a autarquia liderada por Rui Moreira acusou a APEL de recuar nas negociações para a realização da Feira do Livro da cidade, declarando não haver condições para estas prosseguirem.
Por seu lado, a APEL manteve que sem qualquer verba por parte da Câmara Municipal do Porto não seria possível viabilizar a Feira do Livro na cidade, propondo um protocolo plurianual.
*Esta notícia vem na íntegra na edição online do DN, 05 de Março.
*Esta notícia vem na íntegra na edição online do DN, 05 de Março.
quinta-feira, 6 de março de 2014
Eu poético «Criança»
Criança
naquela tarde sentei-me à beira-rio
a atirar pedras.
em cada splash
olhava os anéis de água
até perder de vista.
e depois pensei
com os meus botões...
será que os peixinhos fazem surf
naquela mini onda?
e a pedra?
será que derruba os castelos encantados
do fundo do rio?
se o homem anda de carro para perpetuar a preguiça,
ali debaixo como será?
se no céu voam os aviões,
então as folhas caídas transportam os peixes à lua.
à lua deles.
a lua que brilha nas noites
e é reflexo da nossa.
de repente quero ser astronauta.
deste e de outros mundos.
naquela tarde sentei-me ali
e vi meu reflexo espelhado.
não tenho barba
nem brancas.
não tenho o remorso do passado
nem o medo do futuro.
nunca trabalhei
nem sei a força precisa para carregar
sacos de batatas.
tenho medo de monstros
que se escondem no escuro.
ainda pergunto
o que acontece aos mortos.
os dias mais quentes
são os dos abraços...
dos abraços de minha mãe.
sou ser fraco de músculos,
forte em brincadeira.
tenho a energia de cem velhos
e a rapidez de mil caranguejos
(dos que se escondem a correr nas rochas).
naquela tarde imaginei
e fiz fantasia.
brinquei como sei
e como posso.
e tudo isto porque sou o que sou.
sou apenas criança.
Rodrigo Ferrão
naquela tarde sentei-me à beira-rio
a atirar pedras.
em cada splash
olhava os anéis de água
até perder de vista.
e depois pensei
com os meus botões...
será que os peixinhos fazem surf
naquela mini onda?
e a pedra?
será que derruba os castelos encantados
do fundo do rio?
se o homem anda de carro para perpetuar a preguiça,
ali debaixo como será?
se no céu voam os aviões,
então as folhas caídas transportam os peixes à lua.
à lua deles.
a lua que brilha nas noites
e é reflexo da nossa.
de repente quero ser astronauta.
deste e de outros mundos.
naquela tarde sentei-me ali
e vi meu reflexo espelhado.
não tenho barba
nem brancas.
não tenho o remorso do passado
nem o medo do futuro.
nunca trabalhei
nem sei a força precisa para carregar
sacos de batatas.
tenho medo de monstros
que se escondem no escuro.
ainda pergunto
o que acontece aos mortos.
os dias mais quentes
são os dos abraços...
dos abraços de minha mãe.
sou ser fraco de músculos,
forte em brincadeira.
tenho a energia de cem velhos
e a rapidez de mil caranguejos
(dos que se escondem a correr nas rochas).
naquela tarde imaginei
e fiz fantasia.
brinquei como sei
e como posso.
e tudo isto porque sou o que sou.
sou apenas criança.
Rodrigo Ferrão
Foto: Rodrigo Ferrão
40 Worst Book Covers and Titles Ever
É um título de um post do blog boredpanda. É de chorar e rir por mais.
Aqui vai o link: www.boredpanda.com/funny-book-titles-covers
Aqui vai o link: www.boredpanda.com/funny-book-titles-covers
Retirado do mural do Diogo Martins.
a-ver-livros: espanto
Espanta-me a forma
como os teus pés
se enrolam nos meus
quando os corpos se largam no abismo
da cama
Espanta-me
como só a pele recorda
na manhã
esse abraço
Ana Almeida
como os teus pés
se enrolam nos meus
quando os corpos se largam no abismo
da cama
Espanta-me
como só a pele recorda
na manhã
esse abraço
Ana Almeida
![]() |
(Jane Austen a ler Fifty Shades of Grey) * para saber mais sobre o ilustrador Dale Stephanos siga o link www.dalestephanos.com |
quarta-feira, 5 de março de 2014
«procuramos o frio no Inverno para nos provar»
procuramos o frio no Inverno
para nos provar
que o coração bate
quente, enganado a pensar
que o tordo no ramo
canta para nossa alegria
que o sorriso da
floresta é de boas-vindas
que a lâmina de antiga
amada não nos quer mal
e nisto uns perdem-se
em desejos vãos,
outros saltam para aquele abismo
onde brota o calor mau
que me aqueceu o regaço
um dia
enquanto construía a
pirâmide que te ofereci.
mas é de brincar,
exclamaste
como podia ser de outra
forma?
Pseudo-poema de Marcos Foz, gravura do Pissarro
Está aí o novo de Ken Follett - «O Escândalo Modigliani»
"O Escândalo Modigliani foi publicado pela primeira vez em 1976. É um policial com um ritmo trepidante e um enredo surpreendente, mas é também uma sátira ao universo dos marchands, das galerias e do mercado de arte. Quando Dee Sleign, uma jovem formada em História de Arte a passar o verão em Paris, se depara com a pista de um Modigliani desconhecido que o pintor terá oferecido a um amigo, comunica a sua descoberta ao tio, Charles Lampeth, dono de uma conceituada galeria de arte em Londres e que de imediato contrata um detetive para descobrir o quadro. Dee parte então para Itália atrás das pistas que tem, desconhecendo que uma série de outras pessoas vão no seu encalce, na esperança de encontrarem o quadro antes dela. Fraudes, vinganças, traições, tudo tem lugar nesta aventurosa corrida contra o tempo pela posse da obra-prima perdida de Modigliani."
Ken Follett é um conceituado escritor britânico e um dos autores de maior sucesso em todo o mundo. Desde o seu primeiro grande êxito literário, O Olho da Agulha, que recebeu o Edgar Award em 1978, cada novo livro vem confirmar a sua capacidade para conquistar um público internacional cada vez mais vasto. Entre os seus maiores sucessos contam-se A Ameaça, Os Pilares da Terra, Um Mundo sem Fim, a trilogia O Século, Voo Final, Triplo, O Voo da Águias. Estima-se que a obra de Ken Follett tenha, no seu conjunto, vendido até agora mais de 130 milhões de exemplares.
Ken Follett é um conceituado escritor britânico e um dos autores de maior sucesso em todo o mundo. Desde o seu primeiro grande êxito literário, O Olho da Agulha, que recebeu o Edgar Award em 1978, cada novo livro vem confirmar a sua capacidade para conquistar um público internacional cada vez mais vasto. Entre os seus maiores sucessos contam-se A Ameaça, Os Pilares da Terra, Um Mundo sem Fim, a trilogia O Século, Voo Final, Triplo, O Voo da Águias. Estima-se que a obra de Ken Follett tenha, no seu conjunto, vendido até agora mais de 130 milhões de exemplares.
P.V.P.: 13,41 €
Data de Edição: 2014
Nº de Páginas: 224
Editora: Editorial Presença
a-ver-livros: à espera
De que esperas para
abrir as asas
que levaste
uma vida
a escrever
De que esperas para
o voo picado
sobre as páginas
que dobraste
na esperança
de a elas voltar um dia
De que esperas para
rasgar de vez
as nuvens?
Ana Almeida
abrir as asas
que levaste
uma vida
a escrever
De que esperas para
o voo picado
sobre as páginas
que dobraste
na esperança
de a elas voltar um dia
De que esperas para
rasgar de vez
as nuvens?
Ana Almeida
![]() |
* para saber mais sobre o ilustrador holandês Redmer Hoekstra siga o link http://www.redmerhoekstra.nl/ |
terça-feira, 4 de março de 2014
É do borogodó: e agora, José, de Drummond de Andrade
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade
* seleccionado pela Penélope Martins
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade
![]() |
PARA VER O VIDEO SIGA O LINK http://www.youtube.com/watch?v=hdqGx6pbleY#t=13 |
* seleccionado pela Penélope Martins
a-ver-livros: escondida com a alma de fora
Escondo-me
na máscara da nudez
Os olhos arregalados
do espanto
não veêm além
da sua própria pequenez
Ana Almeida
na máscara da nudez
Os olhos arregalados
do espanto
não veêm além
da sua própria pequenez
Ana Almeida
![]() |
* para saber mais sobre o pintor francês Louis Runemberg siga o link http://www.artmajeur.com/fr/artist/louisrunemberg |
segunda-feira, 3 de março de 2014
Da agenda de Lisboa - que não do Porto
De 29 de Maio a 25 de Junho voltaremos a ter a Feira do Livro de Lisboa.
A Feira do Livro do Porto - depois de uma declaração positiva da autarquia portuense - voltou a ficar para a próxima. Um impasse prático ou político? Qual é a vossa opinião?
Ana Almeida
Leiam mais informação aqui:
http://www.publico.pt/local/noticia/feira-do-livro-do-porto-cancelada-1626161
A Feira do Livro do Porto - depois de uma declaração positiva da autarquia portuense - voltou a ficar para a próxima. Um impasse prático ou político? Qual é a vossa opinião?
Ana Almeida
Leiam mais informação aqui:
A Feira do Livro regressa a 29 de Maio a Lisboa
http://www.publico.pt/cultura/noticia/a-feira-do-livro-vai-regressar-a-lisboa-em-maio-1626098Feira do Livro do Porto suspensa
http://www.publico.pt/local/noticia/feira-do-livro-do-porto-cancelada-1626161
![]() |
Foto: jornal I |
a-ver-livros: ler para crer
Leio
não creio
só vendo serei
capaz
de paz
de espírito
serei Tomé
ao pé
da realidade
de mim
Ana Almeida
não creio
só vendo serei
capaz
de paz
de espírito
serei Tomé
ao pé
da realidade
de mim
Ana Almeida
![]() |
* para saber mais sobre o pintor George Tooker siga o link www.dcmooregallery.com/artists/george-tooker |
domingo, 2 de março de 2014
A felicidade chama-se bookcrossing?
A felicidade chama-se o que nós quisermos.
Claro que também pode chamar-se bookcrossing.
Claro que também pode ser deixar um livro num banco de jardim para ser partilhado com um desconhecido.
Claro que também pode ser um domingo à noite assim.
Com o Clube de Leitores.
Sonhem com a felicidade.
Ana Almeida
Claro que também pode chamar-se bookcrossing.
Claro que também pode ser deixar um livro num banco de jardim para ser partilhado com um desconhecido.
Claro que também pode ser um domingo à noite assim.
Com o Clube de Leitores.
Sonhem com a felicidade.
Ana Almeida
![]() |
* para saberem mais sobre o projecto Felicidário sigam o link /www.facebook.com/felicidario365ideiasparamaioresde65?fref=ts |
Snobidando: João Almeida
In QUARTO DE HÓSPEDES, Língua Morta, 2013 (na Snob também)
Acompanhe a página da Livraria Snob no Facebook. Abre brevemente, em Guimarães. Pode lá encontrar este e muitos outros textos.
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