terça-feira, 19 de abril de 2016

infinito


a luz aflora
tacteia o infinito
da eternidade

na sombra entrecortada
os lábios falam de nós
sem mais palavras.

Helder Magalhães


Laura Makabresku: Lectiones Tenebrarum

“Todos os tempos verbais” conjugados em Viseu - in Notícias de Viseu

Quinta-feira 07/04/2016
*in Notícias de Viseu


“Todos os tempos verbais”, o primeiro livro de poesia de Rodrigo Ferrão, foi apresentado, dia 19 de março, no Clube de Viseu. O autor de 33 anos de idade, natural do Porto, onde reside, está ligado a Viseu por laços de família e escolheu o Dia do Pai para juntar familiares e amigos em volta dos seus poemas.

“O livro não é assim tão importante; o mais importante é ter-vos aqui comigo”, disse.

Toda a sessão foi preparada de forma a constituir uma homenagem à família, com a exposição de frases sobre a mesma (“A família é onde a nossa história começa”, entre outras).

Com jovial alegria e fraternidade, a irmã mais nova do autor, Teresa Ferrão Pessanha (Pipas para os mais próximos), deixou falar o coração, numa intervenção sobre as memórias de infância e os afectos que os unem. Afetos e memórias que são, também, matéria-prima da maioria dos poemas de Rodrigo Ferrão, como demonstram os dois primeiros versos impressos: “recordo os abraços de mãe / nas noites de trovoada”.

A memória, o amor e a problemática da existência – “todos os temas clássicos da interrogação humana”, segundo o autor – percorrem as páginas do livro, “num trânsito denso entre o ser e o sentir”, refere o prefácio assinado por Ana Oliveira.

Coube a Rita Leão*, prima de Rodrigo, apresentar o livro, o qual revela uma “grande interioridade” e uma “grande capacidade de transmitir pensamentos e sentimentos”, através da escrita, usando para tal “todos os tempos verbais da alma”, sublinhou a apresentadora.

Assinalando a data de 19 de março, Rodrigo Ferrão lembrou a importância do Pai, ou melhor, dos “três Pais” que influenciam a sua poesia e a sua vida: O Pai Criador do Universo (“aprendi a glorificar-te sem saber de que matéria és feito. ou sequer se és matéria.”), o seu pai biológico e o pai da sua mãe. É a este último que o autor dedica o poema “Avô”, que viria a determinar a edição do livro. “Foi a partir desse poema que decidi avançar com a publicação”, revelou.

Oriundo de uma família apaixonada por livros e com experiência profissional de livreiro, Rodrigo Ferrão dedica boa parte do seu tempo à leitura e à escrita. Começou por fazer crónicas de viagens e criou um blog onde se estreou como poeta, tendo sempre recebido “um feedback muito positivo”, disse o próprio ao Notícias de Viseu.

Rodrigo Ferrão considera “Todos os tempos verbais” o seu “livro zero”, pois, explica, “é a partir dele que irei perceber o que farei a seguir”. Porém, sabe desde já que quer continuar a escrever, dado que a escrita, tal como a leitura, fazem parte da sua forma de estar na vida. Sobre isso não restam dúvidas… “se eu não deixar testamento, ficam então as palavras. são elas o meu legado, são elas o desassossego, são elas o meu refúgio, são elas apenas uma das partes daquilo que vos deixo.”, lemos a páginas tantas.

A apresentação do livro prosseguiu com a leitura de poemas pelo autor e por Cuca Cappelle Calheiros, terminando com uma prova de vinhos produzidos pela família de Rodrigo Ferrão.

“Todos os tempos verbais”, com capa de David Pintor, foi lançado em Junho de 2015, no Porto, tendo sido posteriormente apresentado em Guimarães, Lisboa, Coimbra e, agora, Viseu.

Sofia Meneses


*foi corrigida uma gralha no nome, uma vez que a notícia original dizia “Rita Ferrão”, quando deve ser lido “Rita Leão”

segunda-feira, 18 de abril de 2016

LEYA CELEBRA DIA MUNDIAL DO LIVRO NOS TRANSPORTES DE LISBOA

INFORMAÇÃO À IMPRENSA
18.04.2016

Com o objectivo de comemorar o Dia Mundial do Livro, no próximo sábado, 23 de abril, a Leya, em parceria com a Carris, o Metropolitano de Lisboa e a Transtejo, vão realizar uma série de ações de promoção da leitura, fomentando assim a cultura junto dos seus utilizadores/leitores.

Nas estações de Metro e da Transtejo estarão várias mascotes de personagens da literatura infantil e juvenil como a Bruxa Cartuxa, criada por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, o Vampiro Valentim, criado por Álvaro Magalhães e Carlos J. Campos, bem como o famoso Ruca. Às 10h00, no metro do Cais do Sodré e, às 16h00, na ligação Cais do Sodré-Cacilhas.
Está também prevista a presença de contadores de histórias e a declamação de poesia no interior das estações do metro dos barcos da Transtejo para que os utentes possam desfrutar da leitura de livros durante a viagem. Esta ação está prevista para terça-feira, 26 de abril, às 16h30, entre a estação de São Sebastião e o Terreio do Paço, e às 16h50, na travessia entre o Terreiro do Paço e o Barreiro. O Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor é celebrado, desde 1995, e agendado para 23 de abril por decisão da UNESCO.
Trata-se de uma data simbólica para a Literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia morreram dois grandes vultos da cultura mundial: o dramaturgo William Shakespeare e o escritor Miguel de Cervantes. Por isso, venha celebrar connosco. Leya mais, viaje mais.

MASCOTES
23 de Abril (sábado)
09H30 Metro | Estação:
Cais do Sodré 15H30 Transtejo | Ligação: Cais Sodré > Cacilhas

CONTADOR DE HISTÓRIAS 23 de Abril (sábado) 09H30 Metro | Estação: Cais do Sodré 15H30 Transtejo | Ligação: Cais Sodré > Cacilhas

DECLAMAÇÃO DE POEMAS E CONTADORES DE HISTÓRIAS 26 de abril (terça-feira) 16H30 Metro | São Sebastião - Terreiro do Paço 16H50 Transtejo | Terreiro do Paço - Barreiro