sábado, 23 de julho de 2011

A vida de Amy Winehouse

Partiu uma das estrelas mais brilhantes e controversas da actualidade.


Em Portugal um livro publicado em 2008, por Nick Johnstone. Editado pela Quinta Essência.

'A Vida de Amy Winehouse desvenda a história de uma das estrelas mais brilhantes e perturbadas da actual cena musical. Nick Johnstone segue o percurso errático de Amy Winehouse para a fama, desde a sua infância no Norte judeu de Londres até à sua descoberta pela mesma agência que impulsionou a carreira das Spice Girls, culminando na assinatura de um contrato com a editora Island Records, quando tinha apenas dezanove anos. Johnstone conta de forma detalhada a sua ascensão meteórica, os dosi álbuns que a catapultaram para o estrelato, apesar do seu consumo declarado de álcool e de drogas preparar o caminho para uma vida pessoal repleta de excessos. O seu muito publicitado problema de anorexia e a bulimia, as suspeitas de auto-mutilação e o polémico casamento mantiveram Amy Winehouse nos cabeçalhos dos jornais e revistas, ameçando obscurecer o seu talento enquanto cantora. Poderoso, equilibrado e perspicaz, A Vida de Amy Winehouse é o retrato profundo de uma jovem artista a braços com o seu enorme talento e tendências auto-destrutivas.'

Pequena e singela homenagem minha. Fiquem com música.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Estudo, Criatividade, e Sabedoria Humilde

'Descobrirás que não és a primeira pessoa a quem o comportamento humano alguma vez perturbou, assustou ou mesmo enojou. Não estás de modo nenhum sozinho nesse ponto, e isso deve servir-te de incitamento e de estímulo. Muitos, muitos homens se sentiram tão perturbados, moralmente e espiritualmente, como tu estás agora. Felizmente, alguns deles deixaram memórias dessa perturbação. Hás-de aprender com eles... se quiseres aprender. Tal como um dia, se tiveres alguma coisa para dar, alguém há-de aprender contigo. É um belo tratado de reciprocidade. E isto não é instrução. É história. É poesia.


(...) Não estou a tentar dizer-te que só os homens instruídos e com estudos estão preparados para dar alguma coisa ao mundo. Não é verdade. Mas afirmo que os homens instruídos e com estudos, se, para começar, forem inteligentes e criativos, o que infelizmente, raramente acontece, tendem a deixar atrás deles memórias mais valiosas do que os homens simplesmente brilhantes e criativos. Tendem a exprimir-se mais claramente, e normalmente têm a paixão de seguir os seus próprios pensamentos até ao fim. E, o que é mais importante, nove em cada dez vezes são mais humildes do que os pensadores sem estudos.'

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Passeei pela Praça de Londres

Acabei de ler o livro que a Constança seleccionou para todos nós: 'Praça de Londres', Lídia Jorge.

O trabalho que a Constança teve em aprofundar os contos individualmente (ainda falta apresentar os dois últimos) é excelente, porque senti precisamente o que ela escreveu. Além disso, acho que temos presente um membro com imensas capacidades para analisar livros - uma óptima escritora anda aí em ebulição...

Não quero, portanto, referir-me ao livro nos seus contos individuais. Falarei sobre o estilo de escrita de Lídia Jorge.


Há uns dias, em Lisboa, comentava com a Raquel Serejo Martins (aqui do blogue) e com Ana Almeida (uma grande amiga), que tenho algum receio em ler autoras portuguesas. Lídia Jorge não é (ou foi) excepção. Acho que este preconceito está intimamente ligado ao facto de abundarem más escritoras na nossa língua. Não tem a ver com qualquer tipo de sexismo, apenas considero que lhes é dada maior visibilidade nas livrarias e nos meios de comunicação em geral. A escrita 'light', corriqueira e dirigida às massas, confesso, mata muita da minha vontade de ler autoras.

Apesar de saber que Lídia Jorge era de outra estirpe (até porque ganhou uma série de prémios no nosso mundo literário), naturalmente não a colocava na lista de principais livros a comprar e a ler. E, portanto, estou muito contente por ela ter chegado ao blogue pelas mãos da Constança. O preconceito está claramente enterrado.

Lídia Jorge tem uma escrita inteligente. Alguns apontamentos de humor requintado; não propriamente aquele que nos leva ao chão, mas aquele que nos prega um sorriso na boca. Um sorriso com alguma malícia e perversidade. Talvez porque nestes contos parece existir um fio condutor: uma tentação, um pecado. A sua escrita conquistou-me. Neste livro contam-se histórias simples, pautadas por uma sensação de procurar (ou definir) um certo moralismo (sem, com isso, levantar muitas ondas).

Espero ver a análise dos últimos contos em breve. Fico curioso pelo que a Constança vai escrever.

Até para o ano Constança! As tuas escolhas conquistam-me sempre!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os Dois Horizontes

'Dois horizontes fecham nossa vida:

Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro,—
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.

Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais;
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.


Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.

No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:
Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.


Que cismas, homem? – Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? – Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.

Dois horizontes fecham nossa vida.'

terça-feira, 19 de julho de 2011

As novas velhas caras na DGLB ou os novos ventos nas páginas dos livros

Foi ontem anunciado o novo Director Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB). O nome de José Manuel Cortês é avançado por fonte da Secretaria de Estado da Cultura e é escolha de Passos Coelho. Com 60 anos e licenciado em história é já um nome da casa. Passou pela editora Dom Quixote e conta já com um percurso dentro do organismo acabando por não ser uma surpresa. Essa fica para o facto de se manter este organismo. Prometido ainda pelo PS e na altura apoiado pelo PSD tinha-se previsto que a DGLB seria integrada na Biblioteca Nacional (BN) assim como o Plano Nacional de Leitura (PNL).

Depois disto resta apenas esperar a remodelação e aumento da Rede Nacional de Bibliotecas que está supostamente no programa de governo do PSD e saber como é que a remodelação da lei orgânica que altera para Secretaria de Estado vai lidar com tudo isto. Com cortes orçamentais e a perda de importância institucional dentro do governo, o Secretário de Estado, Francisco José Viegas, reconhecido como um homem dos livros pode ter nesta dependência de Passos Coelho a sua maior pedra no sapato.

Sustemos a respiração e aguardamos...

Encontrei o Eça em Sintra...


Abraçando os Clássicos!