sábado, 28 de julho de 2012

Poema à noitinha... Juan Rulfo


Poucos saberão, certamente, que Juan Rulfo deixou poema. O escritor Mexicano é conhecido essencialmente por «Pedro Páramo» e pelos seus belíssimos contos. Escreveu também guiões e foi fotógrafo. E deixou este El Gavilán, cantado por Eugenia León.

Aqui fica, no original.

El Gavilán

"Hermosa flor de Pitaya
blanca flor de Garambullo
a mi me cabe el orgullo
que onde yo rayo ¿Quien raya?
Aunque veas que yo me vaya
mi corazón es muy tuyo.

El pájaro carpintero
para trabajar se agacha
de que encuentra su agujero
hasta el pico le retacha
También yo soy carpintero
cuando estoy con mi muchacha

¡Ay!, Como me duele el anca
¡Ay!, como me aprieta el cincho
¿Que vas que brinco esa tranca
pa' ver si del golpe me hincho?
Que habiendo tanta potranca
solo por la mía relincho

Soy un gavilán del monte
Con las alas coloradas;
a mí no me asusta el sueño
ní me hacen las desveladas;
platicando con mí chata
y aunque muera a puñaladas…"

Fechamos o Bairro de Junho e entregamos o prémio... mesmo a tempo de ir de férias


Agora é que é! Vamos mesmo fechar o Bairro dos Livros de Junho, já a pensar em Setembro. Mas não vamos sem vos deixar em vídeo (cedido gentilmente pela Filipa Mora) um bocadinho dos "crimes" que foram cometidos na UNICEPE, pela malta da Errata.

Pensavam que nos tínhamos esquecido!
Não esquecemos e já temos quem leve o prémio. A premiada do passatempo "Ler é mesmo o melhor remédio" já está encontrada. Partimos do tema do Bairro dos Livros de Junho e pedimos para que participassem medicando os nossos leitores com um bom remédio literário.

Se quiserem voltar a espreitar os posts no blogue podem fazê-lo aqui e aqui.

A premiada é a Joana Caria, nossa leitora aqui no blogue e que também nos segue nos grupos do Facebook , no Livros no Facebook e no Clube de Leitores. Assim ser-lhe-á entregue o livro "A Peste Bubonica no Porto" de Ricardo Jorge, editado pela Deriva.

E claro aqui fica aviada a receita:

"Leitura (bula)
Medicamento genérico. Apresenta-se em livros com 20 a 200 páginas.

Cada dose contém:
Excipientes vários, letras, palavras, frases, parágrafos, capítulos, prefácio, posfácio, um pouco de poesia e ideias várias, podendo conter vestígios de soja e nozes.

O livro deverá ser administrado em tomas regulares, em porção a definir pelo seu tempo disponível, no mínimo uma vez por dia, antes de dormir. Destina-se ao tratamento da mente e do espírito, cultivando a primeira e abrindo os horizontes do segundo.

Nos casos de continuada abstinência da toma regular, ocorrem problemas do foro do cérebro, verificando-se casos de mirramento terminal do hipocampo.

Sem quaisquer contra-indicações conhecidas nem perigo de sobredosagem.

O medicamento deve ser mantido ao alcance das crianças."

a-ver-livros: a biblioteca de Miháy Bodó

É sábado. 
E vou à biblioteca como quem vai à missa. 
Sinto-me inundada pela luz, esmagada pelas paredes altas forradas a livros.
Leio para dentro as linhas de um poema,
como quem reza.
Sou abençoada. 
Amém


* para conhecer melhor o artista húngaro (radicado na Catalunha) Miháy Bodó, autor deste quadro "Biblioteca de Babel", é só seguir o link www.artebodo.com

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Poema à noitinha... Rainer Maria Rilke

A Canção do Idiota

«Não me incomodam. Deixam-me ir.
Dizem que não pode acontecer nada.
Ainda bem.
Não pode acontecer nada. Tudo chega e gira
sempre em torno do Espírito Santo,
em torno de determinado espírito (tu sabes) —
que bem.

Não, realmente não deve pensar-se que haja
qualquer perigo nisso.
Sim, há o sangue.
O sangue é o mais pesado. O sangue é pesado.
Por vezes penso que não posso mais —
(Ainda bem.)

Ah, que linda bola;
vermelha e redonda como um Em-toda-a-parte.
Ainda bem que a criastes.
Ela vem quando se chama?

De que estranha maneira tudo se comporta,
apressa-se a juntar-se, separa-se nadando:
amigável, um pouco vago.
Ainda bem.»


*Este poema é retirado de «O Livro das Imagens», publicado pela Relógio D` Água. Rainer Maria Rilke nasceu em Praga em 1875 e morreu em 1926.

1º Parágrafo: As Aventuras de João Sem Medo


Era uma vez um rapaz chamado João que vivia em Chora-Que-Logo-Bebes, exígua aldeia aninhada perto do Muro construído em redor da Floresta Branca onde os homens, perdidos dos enigmas da infância, haviam instalado uma espécie de Parque de Reserva de Entes Fantásticos.



* José Gomes Ferreira nasceu no Porto a 9 de Junho de 1900.
* No ano do centenário do seu nascimento a Videoteca da Câmara Municipal de Lisboa produziu um documentário biográfico, intitulado Um Homem do Tamanho do Século.
* Pessoalmente considero que José Gomes Ferreira vai ter o tamanho de muitos séculos.


Apontamentos Sr. Américo são alternativa aos apontamentos Europa-América

A Mixórdia de Temáticas da Rádio Comercial apresenta os «Apontamentos Sr. Américo». Uma alternativa simplificada dos conhecidos apontamentos da Europa-América. Conheçam o resumo de "Os Maias" e dos "Lusíadas". Ricardo Araújo Pereira no seu melhor...

a-ver-livros: no piquenique de Shuai Mei

Nem demasiado sol. Nem vento. Nem frio.
Nem mosquitos. Nem barulhos esquisitos.
Nem motas na distância
a cortar os montes
Nem um rádio irritante
de uma casa próxima

Só o silêncio da Natureza
e nós. Vocês entregues ao prazer da fruta,
eu ao meu livro


 * para conhecer melhor a artista chinesa Shuai Mei é só seguir o link www.schoeni.com.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Os direitos do leitor...

Com as observações de Daniel Pennac e ilustrações de Quentin Blake, aqui ficam os «Direitos do Leitor.» Espero que gostem!


*Esta ilustração foi retirada deste blog francês: http://lexidicocaro.hautetfort.com/archive/2008/02/06/les-droits-du-lecteur.html
(Obrigado ao Ricardo Botelho pela partilha)

1º Parágrafo: O Homem que Matou Getúlio Vargas


No mesmo instante em que sucede a tragédia de Ouro Preto, na cidade de Banja Luka, na Bósnia, às margens do rio Vrbas, nasce Dimitri Borja Korozec. A história de Dimitri é no mínimo curiosa. A sua mãe, Isabel, é uma contorcionista brasileira, nascida em São Borja, no Rio Grande do Sul. Filha de uma bela escrava negra da nação Bantu e de pai desconhecido, ela vem ao mundo em 28 de Setembro de 1871, já liberta dos grilhões da escravidão, pois, enquanto nos pampas soava o primeiro berro da criança, no Rio de Janeiro a princesa Isabel assinava a Lei do Ventre Livre. A menina recebe, no baptismo, o nome da sua benfeitora e o da cidade onde nasceu.



* José Eugénio Soares, nasceu no Rio de Janeiro em 16, de Janeiro de 1938 e em criança, quando fosse gente grande, queria ser diplomata.
* O livro conta a história de Dimitri Borja Korosec, assassino profissional, que, ao estilo de Forrest Gump, no desenrolar da narrativa, entre 1897 e 1954, se vai cruzando com ou conhece diversas figuras históricas.

a-ver-livros: Na cabeça de Josée Masse

Não sei o que te passa pela cabeça. 
Não sei se quero saber.

Mas ouço o folhear das páginas enquanto dormes
respirando baixinho
a meu lado


* para conhecer melhor a ilustradora canadiana Josée Masse é só seguir o link www.joseemasse.com

quarta-feira, 25 de julho de 2012

"Mocho Comi", papa prémio no Children’s Book em Nova York


O livro de ilustração "Mocho Comi" com texto de Carlos Nogueira e ilustração de Marta Madureira, publicado pela Tcharan é Best of Show do 3x3 Children’s Book - New York.


Esta dupla que ousa pegar num dos contos com animais mais conhecidos da nossa tradição - “Mocho comi”, vê agora o seu trabalho reconhecido no estrangeiro. Graças ao trabalho destes dois autores, “Mocho comi” foi transformado num objecto estético que prova que é possível preservar a dicotomia entre tradição e inovação, entre a oralidade intrínseca do género e a sua recriação escrita, entre a imaterialidade visual imaginativa – individual, única e intransmissível – das imagens visuais criadas na mente de quem ouve e o design e ilustração contemporâneos – materiais e palpáveis – do suporte livro.



Se os contos são para ser ouvidos, aprendidos, apreendidos e apaixonadamente contados, graças a este “Mocho comi”, a Tcharan prova-nos que é realmente possível dar a conhecer as narrativas orais portuguesas numa nova voz em texto ilustrado. Que este património reconstruído graficamente com tanto cuidado pela Tcharan possa ajudar a reflectir sobre os modos de criação e utilização actual da tradição portuguesa.

Estão também de parabéns com outras menções os portugueses Mariana Rio, André Letria, André da Loba, Gémeo Luís e José Manuel Saraiva.

1º Parágrafo: Há Mil Anos Que Aqui Estou


Eram cerca das três da tarde do dia 27 de Março de 1861 quando, em Grottole, naquela parte da Basilicata,  que se encontra a cerca de cem quilómetros das costas de Puglia, se produziu um fenómeno que depois se tornou proverbial.


* Tradução de José J. C. Serra
* “A Macondo de Itália”, Corriere della Será
* Prémio Capiello 2007


a-ver-livros: Amor adiado versus Dan McCleary

Espero que tenhas uma boa razão para me ter vindo interromper. Odeio que me interrompam quando estou a ler. Até parece que não sabes que só tenho estes vinte minutos antes de ir trabalhar para me poder perder nas linhas de um livro, lavar a alma para o dia que se adivinha - como quem reza uma avé maria de protecção contra a hipocrisia, a rotina e a incompetência que grassa por aí, e que me atazana as horas, os minutos, os segundos, a respiração. Não nos livros, nos livros mesmo o que é negativo é perfeito e tem sempre uma moral mesmo quando não tem moral alguma. Tem o que eu decidir que tenha. No fundo, escrevo-os tanto quando os leio quanto os que os assinam. Mas, afinal, ias a dizer o quê? Era importante? Esquece. São horas. Tenho que ir trabalhar. Dizes-me noutra altura.



 * para conhecer melhor o pintor americano Dan McCleary é só seguir o link  www.carlberggallery.com

terça-feira, 24 de julho de 2012

Sete Pecados Capitais da leitura

Esta altura do ano é sempre mais propícia ao pecado. Porque o calor está associado ao inferno. Porque o calor nos estimula o corpo. Porque os corpos andam mais despidos. Moralismos? Preconceitos? Uma herança pesada da história moral e de costumes que ainda nos pesa.

Para explorar este tema - Sete Pecados Capitais - de Aviad Kleinberg, publicado em 2010 pela Quetzal. Uma releitura dos sete pecados à luz dos dias de hoje. A ideia de que não há sociedades sem pecado é o ponto de partida. 



Não há sociedades sem o bem e o mal. Não há sociedade sem pecado. Mas cada cultura tem a sua lista favorita de transgressões. E a mais famosa de todas, a mais influente, terá sido redigida pela Igreja Católica, no fim da antiguidade: Os Sete Pecados Capitais. A soberba, a ganância, a preguiça, a luxúria, a inveja, a gula, e a ira não são actos proibidos, mas são as paixões que nos conduzem à tentação.

Mas, o que haverá de errado em ser-se um pouco preguiçoso? O que seria da alta cozinha sem a gula? Onde estaríamos todos sem a luxúria dos nosso pais? Será que a ira passou de moda no Ocidente? Poderia a nossa cultura do consumo sobreviver sem a inveja e a ganância? E, agora com toda a humildade, porque não haveríamos de ser orgulhosos?

Com grande erudição e um humor implacável, Aviad Kleinberg guia o leitor através dos conceitos de pecado judaico, cristão e greco-romano. Em cada um dos capítulos de Sete Pecados Mortais, o passado e o presente entreterem-se, e a imutabilidade das paixões humanas é examinada. Uma incursão original e divertida pelo que nos faz humanos,  às vezes demasiado humanos.

Para além do livro um desafio. Os Sete Pecados Capitais da Leitura.  Deixe-nos os vossos. Façam da leitura o vosso pecado de Verão e pequem, pequem muito porque o perdão está no livro seguinte!

1. Ganância: qual é o vosso livro mais caro? E o menos caro?
2. Ira: com qual autor têm uma relação de amor / ódio?
3. Gula: que livro devoraram sem vergonha alguma?
4. Preguiça: qual o livro que têm negligenciado devido à preguiça?
5. Orgulho: que livro têm mais orgulho em ter lido?
6. Luxúria: quais os atributos que acham mais atraentes em personagens masculinos e femininos?
7. Inveja: que livros gostariam de receber de presente e que sabem que os vossos amigos já têm?


1º Parágrafo: O Gerente da Noite


Às primeiras horas de uma noite de Janeiro varrida pela neve, em 1991, Jonathan Pine, o britânico director do turno da noite do Hotel Meister Palace em Zurique, abandonou o seu gabinete por trás da recepção e, tomado por sensações até então desconhecidas, ocupou o seu posto no lobby, num prelúdio das boas-vindas que em nome da casa havia de oferecer a uma entrada tardia de notáveis. A Guerra do Golfo acabava de rebentar. Ao longo do dia, notícias dos bombardeamentos Aliados, discretamente redifundidas pelo pessoal tinham causado consternação na bolsa de valores de Zurique. As reservas hoteleiras, baixas como por norma o eram em Janeiro, tinham abatido em flecha para níveis críticos. Mais uma vez, na sua longa história, a Suíça estava em estado de sítio.




* Tradução de Sara Seruya


a-ver-livros: visão de pássaro com Rick Beerhorst

Tinhas pássaros nos olhos
e voavam com cada página.

Voos rasantes, outros altos
penas soltas pairando no ar
recortes da alma por entre
as nuvens baixas

a ocasional anotação na margem da página


 * para conhecer melhor o pintor americano Rick Beerhorst - e a sua aventura familiar também, bastante curiosa, é só seguir o link www.studiobeerhorst.com

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Do Amor!

(ao domingo) Letras Focadas

“Na ponta da pena, soltam-se letras conjugadas, bem focadas, para serem percebidas”

Não sei com que linhas te escrevo, sei apenas com que letras te soletro
...
és silêncio que entendo
és desejo que não controlo
és o dia em noite misteriosa
és aquilo onde me quero 
és aquilo onde me perco
...
Rasgo a alma
Dói-me a perda
Dói-me o vazio da ausência que me preenche
...
Nunca saberei as linhas com que te escreverei
Sei apenas que do Amor, pouco entenderei
Mas nunca o deixarei de querer.

te soletro
Foto by José Oliveira

EME

1º Parágrafo: Ponto Pé de Flor


Nessa altura Celeste amava um marinheiro, e ficava em casa à espera do momento em que o barco dele passasse na barra rumo a qualquer água longínqua de um mar distante, desenhado a aguarelas azuis e cinzentas no mapa fluido e incerto das longas separações. Era noite e o rio estava cheio de luzes flutuantes por trás das cortinas vagas da chuva, pontos verdes e vermelhos que cruzavam devagar a espessura da faixa negra ao fundo da encosta coberta de telhados de prédios e de antenas de televisão. Celeste sentava-se diante da janela e via o desenho trémulo da ponte na humidade salobra do vento, o último comboio passava muito longo e solitário rente ás praias de lodo da foz. Sabia que a qualquer instante um homem havia agora de navegar por ali, uma vez mais de partida no segredo da casa das máquinas, e esse era o homem que ela então amava. Celeste reconhecia os dois faróis amarelos na proa, acelerava-se-lhe o coração, abria os vidros e acenava longamente com um lenço branco. Adeus meu amor, rimas simples de uma canção antiga. E ele, que decorara no primeiro olhar a latitude e a longitude da janela de onde uma mulher estava a vê-lo sumir-se na voragem vasta do mundo, atroava por três vezes o sono da cidade com o eco plangente da buzina, adeus, adeus, adeus querida, de novo e sempre para nunca mais. Cá vou eu, Celeste, nos quartos do leme a pensar em ti. Depois o escuro tragava os dois faróis amarelos num silêncio demorado, Celeste guardava o lenço e deixava escapar um suspiro. Devolvia-se devagar à penumbra da casa, sorria para si própria e para a imagem improvável daquele amor embarcadiço todo povoado de bússolas e de guindastes, e de nós e de milhas marítimas, um amor com barbatanas de golfinhos a ferir a superfície junto ao casco e mulheres sem rosto que de madrugada cantavam baixinho na errância dos portos. Celeste amava um marinheiro e a seguir abria a porta do frigorífico sem acender a luz da cozinha, tirava uma garrafa de litro de cerveja preta e voltava para a sala. Foi assim que a encontrei quando lá cheguei com o cão.


a-ver-livros: na relva com Brenda Will Kidera

Enrosco-me na relva a reler aquele livro.
Pode ser que seja possível esquecer que é segunda-feira.
E daí... pode ser que nasça outra vez.


 * para conhecer melhor a pintora americana Brenda Will Kidera é só seguir o link www.kiderafineart.com/brenda

domingo, 22 de julho de 2012

Inspiração Imaginação


À sua frente uma mesa vazia, folhas espalhadas e a vontade aprisionada. À espera de inspiração, à espera de imaginação. Não lhe virava as costas, embora algo dentro de si lhe sussurrasse um desiste. A casa silenciosa, o ranger das tábuas e enquanto se percorria o corredor, era inevitável reparar nas paredes repletas de quadros antigos, olhos que nos seguem.

Adormeço em cima das letras, em cima do mar. Um sonho repleto de mar, que lá ao fundo afunda, mergulha no redondo. A praia que afunda neste mar. As ondas aqui aos meus pés. O pulsar deste mar. A maré que sobe. Deixo-me envolver, embalado pelos sons.

Despertei de manhã como se de um pesadelo tratasse. Na memória nada registado. Na boca um certo sabor a maresia e a folha continua vazia.

Pedro Ferreira - 2012

A tua cara dava um livro...

Todos os anos, a CPNB (CollectivePromotion Dutch Literature) organiza a semana do livro Holandês para promover a literatura do país. E todos os anos explora um género literário diferente. Este ano é o da (auto) biografia. Isso traduz-se na temática 'Retratos Escritos'Van Wanten Etcetera criou uma campanha que mostra diferentes rostos por detrás das (auto) biografias: Anne Frank, Vincent van Gogh, Louis van Gaal e Kader AbdolahSouverein fez o trabalho artístico e esteve fantástico ao criar imagens tão reais.*

Conceito: Markus Ravenhorst, Maarten Reynen
Trabalho Artístico: Souverein



*(tradução livre, adaptada e encurtada da informação disponível no site)



Apesar de todas as caras serem em forma de livro, decidi escolher o da Anne Frank. Podem ver os restantes trabalhos no site http://www.behance.net/gallery/Written-Portraits/1132577

*Obrigado à Alexandra Fontes Ribeiro pela partilha da página. 

a-ver-livros: leitura dominical com Marie Fox

Podias ser tu.
A cada palavra, cada linha, a cada parágrafo atrás de parágrafo.
Podias ser tu. Mesmo não sendo tu, claro.
Ou podia ser eu.
Ou talvez seja apenas o sol dominical.


* para conhecer melhor a pintora americana Marie Fox é só seguir o link  mariefoxpaintingaday.blogspot.pt