sábado, 2 de agosto de 2014
Graffiti literato: Lewis Carroll
Alice’s Adventures In Wonderland – Lewis Carroll. London, UK.
Flickr: mikeeshowbiz / Creative Commons
retirado daqui: http://www.buzzfeed.com/danieldalton/literary-graffiti
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
a-ver-livros: desconexo
Palavras desconexas
como o que sinto
rebaldaria cá dentro, turbilhão
não há serenidade
na fome
nem sede de mais
que não afogue
perdoa-me o medo,
ouviste
Ana Almeida
como o que sinto
rebaldaria cá dentro, turbilhão
não há serenidade
na fome
nem sede de mais
que não afogue
perdoa-me o medo,
ouviste
Ana Almeida
![]() |
* para saber mais sobre o pintor David Dalla siga o link http://www.daviddallavenezia.com/english/home.html |
quinta-feira, 31 de julho de 2014
quarta-feira, 30 de julho de 2014
a-ver-livros por la noche encontrei isto
Tinha prometido um "a-ver-livros" para a noite. Mas o céu foi escurecendo e nem uma palavra palpitava cá dentro. Busquei inspiração. Encontrei a notícia sobre o lançamento de um livro, agendado para as 18h30 de amanhã, 31 de Julho, na Livraria Ler Devagar, na Lx Factory, em Lisboa.
Poesia? Prosa? Autobiografia? Nada disso. Apenas um livro cheio de imagens, captadas em 2012 e 2013: grafitti na cidade de Lisboa. A poesia também pode ser apenas isso, sabiam? Passeios de vista, lavagens de alma às cores. Uma surpresa ao virar da esquina. Um olhar que se alonga, uma boca que se entreabre de espanto, uma memória visual para a posteridade.
O livro chama-se "Street Art Lisbon", tem edição da Zest - e para saberem mais sobre ele podem seguir este link.
A poesia do olhar também é como as cerejas e, de repente, recordei-me de um outro livro muito especial também sobre grafitti. A Benoit Ollive, um artista gráfico parisiense, pediram um dia para escrever algumas páginas sobre o assunto. Uma espécie de guia para grafiteiros (será assim que se diz) de primeira viagem. "Após horas e horas a pensar no assunto cheguei à conclusão de que não havia nada para ensinar, apenas fornecer-lhes o instrumento para o praticar", explica Benoit.
E daí nasceu "Tudo o Que Precisas de Saber Sobre Grafitti Está Neste Livro". Uma edição absolutamente única, um projecto que culmina em si mesmo. Podem conhecê-lo aqui.
Boa noite. E boas leituras, pois claro!
Ana Almeida
Poesia? Prosa? Autobiografia? Nada disso. Apenas um livro cheio de imagens, captadas em 2012 e 2013: grafitti na cidade de Lisboa. A poesia também pode ser apenas isso, sabiam? Passeios de vista, lavagens de alma às cores. Uma surpresa ao virar da esquina. Um olhar que se alonga, uma boca que se entreabre de espanto, uma memória visual para a posteridade.
O livro chama-se "Street Art Lisbon", tem edição da Zest - e para saberem mais sobre ele podem seguir este link.
A poesia do olhar também é como as cerejas e, de repente, recordei-me de um outro livro muito especial também sobre grafitti. A Benoit Ollive, um artista gráfico parisiense, pediram um dia para escrever algumas páginas sobre o assunto. Uma espécie de guia para grafiteiros (será assim que se diz) de primeira viagem. "Após horas e horas a pensar no assunto cheguei à conclusão de que não havia nada para ensinar, apenas fornecer-lhes o instrumento para o praticar", explica Benoit.
E daí nasceu "Tudo o Que Precisas de Saber Sobre Grafitti Está Neste Livro". Uma edição absolutamente única, um projecto que culmina em si mesmo. Podem conhecê-lo aqui.
Boa noite. E boas leituras, pois claro!
Ana Almeida
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* para saber mais sobre Benoit Ollive siga o link www.behance.net/benoitollive |
Foto frase do dia: Alexander Woollcottt
Acompanhe a Revista Bula: https://www.facebook.com/bularevista
terça-feira, 29 de julho de 2014
a-ver-livros: virar de página
Não sei se escreva
se leia
se largue tudo e te abrace
amplexo lavrado nas teias
que tece a saudade
Cerco-te a ausência
no tempo que dura
o virar da página
Ana Almeida
se leia
se largue tudo e te abrace
amplexo lavrado nas teias
que tece a saudade
Cerco-te a ausência
no tempo que dura
o virar da página
Ana Almeida
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* para saber mais sobre o irlandês Louis le Brocquy siga o link www.anne-madden.com/LeBPages/lebrocquy |
É do borogodó: no centro do peito
naquela tarde ela disse que me amava. ela sentou na poltrona, acendeu
um cigarro, lia um livro que não sei e foi por cima das páginas que eu
ignorava que ela me olhou para piscar e dizer. disse assim,
descomprometida das consequências: ‘eu te amo, tanto’. depois fez uma
pausa, enxugou uma lágrima. tive pena de mim. aquilo doeu como uma
abelha fustigando o centro do peito. fui incapaz de responder. meus
olhos passeavam por ela como os olhos do menino que fita a folha de
papel de seda no ar, um pássaro. depois daquilo, balançando o pé no ar
com a perna cruzada, ela terminou a leitura e se fez ausente. o cigarro
terminou, a luz do sol tingiu os restos da fumaça de lilás.
choveu o dia seguinte, o outro também. o papel de seda encharcou entre as nuvens do meu querer. envergaram os meus ombros. sufoquei a ilusão com um duro golpe. ela ligou, eu não respondi. ela escreveu, eu não li. ela chamou por mim e eu deixei que ela se fosse, aos poucos, sumindo, desintegrando, desfazendo aquele mal. aos poucos ela desistiria de insistir e eu teria que desistir na desistência dela. por aqueles dias corri ver meu time. convidei alguém para minha cama sofrendo não aspirar naquele novo corpo o mesmo perfume que desenhava minhas utopias. engoli a saudade a palo seco. a palo seco foi a expressão que ela usou quando disse que me diria aquilo que disse numa tarde, sentada na poltrona que resta vazia entre as brumas do meu silêncio.
Penélope Martins
choveu o dia seguinte, o outro também. o papel de seda encharcou entre as nuvens do meu querer. envergaram os meus ombros. sufoquei a ilusão com um duro golpe. ela ligou, eu não respondi. ela escreveu, eu não li. ela chamou por mim e eu deixei que ela se fosse, aos poucos, sumindo, desintegrando, desfazendo aquele mal. aos poucos ela desistiria de insistir e eu teria que desistir na desistência dela. por aqueles dias corri ver meu time. convidei alguém para minha cama sofrendo não aspirar naquele novo corpo o mesmo perfume que desenhava minhas utopias. engoli a saudade a palo seco. a palo seco foi a expressão que ela usou quando disse que me diria aquilo que disse numa tarde, sentada na poltrona que resta vazia entre as brumas do meu silêncio.
Penélope Martins
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ilustração de Ayssa Bastos |
segunda-feira, 28 de julho de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
Visita-me enquanto não envelheço
"Tenho uma varanda ampla cheia de malvas
e o marulhar das noites povoadas de peixes voadores"
Al Berto
Apanhei-te a ler... dia 12
Marguerite Duras
Encontrado na página Improbables Bibliothèques,
Improbables Librairies. A não perder por nada!
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