Hoje tive uma conversa com duas escritoras deste blogue: A Constança e a Raquel.
Achei curioso onde isto nos levou...

Qual crise?
Raquel Serejo Martins: de afectos...
Rodrigo Ferrão: a crise é para os queixosos... será?
Raquel Serejo Martins: Não sou assim tão simplista... mas para esses não há paciência mesmo sem crise.
Rodrigo Ferrão: então e a crise é... faltar sempre alguma coisa?
Raquel Serejo Martins: não isso é a eterna insatisfação (ridícula)!
Rodrigo Ferrão: eterna? para sempre?
Raquel Serejo Martins: sim... ainda há coisas que são para sempre.
Rodrigo Ferrão: dá-me um exemplo...
Raquel Serejo Martins: assim de repente... a amizade
Rodrigo Ferrão: o amor é eterno? ou está em vias de extinção?
Raquel Serejo Martins: não, o amor, por definição, não é eterno...
Rodrigo Ferrão: quer dizer que posso desistir de o procurar?
Raquel Serejo Martins: não!, por não ser eterno é que tens que procurar constantemente :)
Rodrigo Ferrão: E onde se encontra tal coisa?
Raquel Serejo Martins: de forma contraditória... encontrarás quando procurares com menos afinco... ou nem procurares de todo :)
Rodrigo Ferrão: Ou seja, cai do céu como a chuva?
Raquel Serejo Martins: como a chuva sobre os audazes!
Constança Barras Romana: Não está à venda Rodrigo, em catálogo algum. E sim, é eterno, enquanto dura. E dura enquanto se julga eterno ;)
Rodrigo Ferrão: Eu pensei que fosse fácil de arranjar... Bastava um anúncio! Que coisa tão difícil o amor... Alguém já apanhou uma molha? Então... Se ele cai do céu!! Molha tudo, não?
Raquel Serejo Martins: Mas queres um amor fácil?
Constança Barras Romana: Não cai do céu, não se "arranja". Sente-se. E a mais das vezes, paixão sim, amor nem por isso.
Rodrigo Ferrão: Não sei... Um que molhe tolos ou uma tempestade? Pode ser geada, orvalho... Diz-me tu!
Constança Barras Romana: Não queres amor, queres adrenalina! ;)
Rodrigo Ferrão: Paixão e amor? Isso não é uma crise de conceitos? Um vive sem o outro?
Raquel Serejo Martins: Para ti uma tempestade de entardecer de Verão... que saudades do cheiro a terra molhada!
Rodrigo Ferrão: Eu quero adrenalina? Isso toma-se ao pequeno almoço? Faz parte das informações nutricionais do meu Nestum?
Rodrigo Ferrão: Se tens saudades de cheiro a terra molhada, porque não pegas numa mangueira e a molhas? Não seria a mesma coisa?
Raquel Serejo Martins: sabes bem que não! ou hoje estamos amargos e cépticos?
Rodrigo Ferrão: Eu hoje estou curioso. Quero responder a perguntas estranhas! E saber o que a gente pensa sobre isso...
Constança Barras Romana: Vive, Nós é que não temos a clareza e a honestidade de dizer que sim. A paixão vive sem amor, ela sim é cega, é bruta é avassaladora. O amor é outra história. O amor é lume brando, a paixão é a chama que tanto cresce que se apaga.. o amor é respeito, é reconhecimento, é carinho, é paciência é lucidez ;) Amor e paixão juntos é Vida.
Raquel Serejo Martins: a pergunta não era estranha ou insólita era parva ;)
Rodrigo Ferrão: Somos todos um bocado parvos, ou não?
Rodrigo Ferrão: Ou seja, se eu vivo logo amo e apaixono...
Constança Barras Romana: seguramente :P
Raquel Serejo Martins: eu sou... se não estou em erro, parvo é uma palavra latina, que na sua origem significa pequena... e é um facto... não sou GRANDE!
Constança Barras Romana: Acho que o único não parvo aqui és tu Rodrigo..!
Rodrigo Ferrão: Oh... Mas eu queria ser parvo como vocês! Como faço?
Raquel Serejo Martins: pela convivência... a parvoíce passa por osmose!
Constança Barras Romana: Ahahaha!!
Raquel Serejo Martins: e vou sair desta coisa... boa noite...
Rodrigo Ferrão: Até amanhã Raquel
Constança Barras Romana: Como vês Rodrigo, qual crise? Durma bem ;)
Raquel Serejo Martins: Até amanhã... e deixa o Nestum... não te está a fazer nada bem... fui :)
Até amanhã Constança.
Rodrigo Ferrão: Vamos ver se alguém mais sabe o que é a crise... Eu não sei! Qual crise? Isso é para outros parvos que não nós!
Constança Barras Romana: Até amanhã Raquel ;)
Rodrigo Ferrão: Raquel, não admito insultos ao meu Nestum! Fiel amigo, desde 1980 e poucos!