Ludovica nunca gostou de enfrentar o céu. Em criança, já a atormentava um
horror em espaços abertos. Sentia-se, ao sair de casa, frágil e vulnerável,
como uma tartaruga a quem tivessem arrancado a carapaça. Muito pequena, seis,
sete anos, recusava-se a ir para a escola sem a protecção de um guarda-chuva
negro, enorme, fosse qual fosse o estado do tempo. nem a irritação dos pais,
nem a troça cruel das outras crianças a demoviam. Mais tarde, melhorou. Até que
aconteceu aquilo a que ela chamava O
Acidente e passou a olhar para esse pavor primordial como uma premonição.
Promete...
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