sábado, 23 de fevereiro de 2013

Grandolados nas Correntes. (en)Cravados na Póvoa

Foto: Pedro Ferreira

5ª Mesa do Correntes D'Escritas de 2013, prometemos passar por lá e cumprimos. Eu e o Rodrigo Ferrão fomos participar nesta mesa. Estava dado o mote, "desse país arranquei todos os cravos". Houve espaço e tempo para todas as abordagens, mesmo as mais inesperadas.

Ignacio Martinez de Pisón numa visão da historiografia da actualidade do Estado Espanhol, república e monarquia e o franquismo pelo meio, da bandeira tricolor ao brasão e as identidades construídas.

Luis Carlos Patraquim a partir de uma metáfora mote de um poema do Herberto Helder. Grândola, a primeira da noite. Revisitar a simbologia do cravo.Os discursos das finanças e as reservas, a do ouro e a reserva povo. A palavra e a usurpação dos significados das mesmas.

Maria do Rosário Pedreira do espirro das suas alergias às flores. Partimos numa viagem histórica conduzida pela evolução e crescimento de uma familia em tempos politicos e históricos, a sua própria familia. Um execelente texto tremendamente bem lido.

Nuno Camarneiro explicou a sua visão de um Portugal, o Portugal de todos os dias. Sarcasmos históricos e a relação amor ódio que existe de quem é deste país. O quotidiano da queixa e do cá se vai andando e lá fora... lá fora não é assim! O reconhecimento que só vem depois do abandono.

Rui Zink, a cereja no topo do bolo. Trespassando um pouco de todos os outros discursos numa intervenção humorada que mais palmas tirou do público. Depois do chorrilho de critica, humor e capacidade de saber fazer rir e saber rir do que temos. Da imortalidade linguistica dos tempos históricos conseguiu sacar a toda a plateia uma Grândola.

Na Póvoa de Varzim nas Correntes d Escritas, a Grândola que se tem cantado pelo país ganhou novas letras, novas palavras. São tantos os/as autoras/es que regam os cravos para florescerem daqui a pouco num Abril que se quer para breve. 


Esta mesa foi moderada pelo escritor Carlos Quiroga.

Daqui a pouco há mais...

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