As palavras, como os seres vivos, nascem de vocábulos anteriores,
desenvolvem-se e fatalmente morrem. As mais afortunadas reproduzem-se. Há-as de
índole agreste, cuja simples presença fere e degrada, e outras que de tão
amoráveis tudo à sua volta suavizam. Estas iluminam, aquelas confundem. Umas
são selvagens, irascíveis, cheiram mal dos pés, fungam e cospem no chão. Outras,
logo ao lado, parecem altivas e delicadas orquídeas.
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