Quando
soube que vinha para Timor-Leste, tratei de juntar meia dúzia de livros. JL
Peixoto, Saramago e Vargas Llosa não podiam faltar, outros tantos e mais uns
também quiseram vir dar um passeio ao Oriente. (1)
A primeira, uma ilustre senhora portuguesa, é a dona da Livros & Companhia – uma livraria muito simpática e convidativa, com pinturas alusivas ao mundo das letras. Atrás do balcão, descobri com grande alegria um sorriso aberto e uns olhos escancarados, tão familiares - a Estefânia, minha aluna. Pelas estantes, passeámos pelos mais recentes sucessos de vendas e por uma secção, bem apetrechada, dedicada à causa timorense. Como nem só de livros vive uma livraria em Timor-Leste, vão aparecendo também artigos de papelaria e religião. Despedi-me de todos os presentes com a promessa deste post.
Sigo em frente, na minha rua. Uma entrada nada esclarecedora. Será aqui? Entro, a medo. Uma dezena de metros depois vejo o que procurava. Vim depois a saber que o Sr. Eduardo a chama de armazém, mas eu digo que tem pinta demais para lhe ser dado esse nome. Não sei se a quero descrever como um aquário onde aquilo que interessa não se pode molhar, ou como uma vitrine de bolos que afinal são livros. Concretamente, a livraria é uma construção envidraçada. Junto à porta, do lado de fora, algumas mesas e cadeiras, a convidar à leitura no local.
A mana Imaculada, que recebe os clientes com uma hospitalidade que pensava só existir naqueles que abrem as portas do que é seu, foi chamar o patrão. Veio então o Sr. Eduardo, nascido e criado em Timor Leste mas muito vivido em Portugal. Percebi que era um empresário de mão cheia e, no seu trato, fundiam-se os jeitos mais humildes com os gestos mais nobres. Gastou comigo muitas horas de conversa e, num momento que não consigo precisar, confidenciou-me que o espaço ainda não tinha nome mas que, assim que pusesse aquilo à maneira dele, iria ter: Café com Letras. Encontramos no pré-Café com Letras romances contemporâneos, livros técnicos, clássicos, literatura estrangeira, livros infantis, livros disto, livros daquilo, sem esquecer os livros daqueloutro. Tem também uma pequena secção de material de pintura.
A
verdade é que eles só vieram porque a minha capacidade de projecção de
realidades desconhecidas é uma verdadeira nulidade. Pensava que não ia
encontrar livros à minha medida em Díli, mas fui logo instalar-me numa rua
onde, se seguir para a direita, encontro a livraria da D. Dulce e se for para a
esquerda, a livraria do Sr. Eduardo.
A primeira, uma ilustre senhora portuguesa, é a dona da Livros & Companhia – uma livraria muito simpática e convidativa, com pinturas alusivas ao mundo das letras. Atrás do balcão, descobri com grande alegria um sorriso aberto e uns olhos escancarados, tão familiares - a Estefânia, minha aluna. Pelas estantes, passeámos pelos mais recentes sucessos de vendas e por uma secção, bem apetrechada, dedicada à causa timorense. Como nem só de livros vive uma livraria em Timor-Leste, vão aparecendo também artigos de papelaria e religião. Despedi-me de todos os presentes com a promessa deste post.
Sigo em frente, na minha rua. Uma entrada nada esclarecedora. Será aqui? Entro, a medo. Uma dezena de metros depois vejo o que procurava. Vim depois a saber que o Sr. Eduardo a chama de armazém, mas eu digo que tem pinta demais para lhe ser dado esse nome. Não sei se a quero descrever como um aquário onde aquilo que interessa não se pode molhar, ou como uma vitrine de bolos que afinal são livros. Concretamente, a livraria é uma construção envidraçada. Junto à porta, do lado de fora, algumas mesas e cadeiras, a convidar à leitura no local.
A mana Imaculada, que recebe os clientes com uma hospitalidade que pensava só existir naqueles que abrem as portas do que é seu, foi chamar o patrão. Veio então o Sr. Eduardo, nascido e criado em Timor Leste mas muito vivido em Portugal. Percebi que era um empresário de mão cheia e, no seu trato, fundiam-se os jeitos mais humildes com os gestos mais nobres. Gastou comigo muitas horas de conversa e, num momento que não consigo precisar, confidenciou-me que o espaço ainda não tinha nome mas que, assim que pusesse aquilo à maneira dele, iria ter: Café com Letras. Encontramos no pré-Café com Letras romances contemporâneos, livros técnicos, clássicos, literatura estrangeira, livros infantis, livros disto, livros daquilo, sem esquecer os livros daqueloutro. Tem também uma pequena secção de material de pintura.
- Mas as pessoas compram?
- Não, mas pode ser que comecem a
comprar.
(1) Talvez por cá fiquem a espalhar
magia na biblioteca da Faculdade de Direito que terá de ser classificada, como
poderão desde já imaginar, como muito eclética.
Sem comentários:
Enviar um comentário