Das mãos se faz
o sonho
o fruto mais desejado
a flor, a casa
a viagem
que Adamastor algum afundará
das mãos a água
o matar a sede
o afago, o aceno.
Das mãos o sabor infindo
do futuro
temperado a saudade
e uma pitada de pano
das mãos o livro
o aperto
leves, largas
quentes, amorosas
como as que embalam
o caminho
rasgadas nas rosas que não
chegaram a abrir-se
das mãos,
enfim,
a despedida, espero,
se alguém houver a quem
Ana Almeida
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