- Vá dar as boas
noites não Texas , Eric. Está deitado na copa.
Acendi um
isqueiro para me dirigir para uma arrecadação onde se tropeçava em montes
desmoronadiços de batatas greladas. O ridículo cãozinho estava estendido sob o
encerado dum velho carro de criança; vim a saber depois que Texas tinha sido
morto pelo rebentamento de uma granada enterrada no parque, e que ele se
esforçara por desenterrar com e extremidade do focinho preto, como se se tratasse de um trufa. Feito em
papas, parecia um canito esmagado por um carro eléctrico numa avenida de grande
cidade. Levantei com precaução o repugnante fardo, peguei numa pá, e saí para o
pátio afim de abrir uma cova. A superfície do solo fora degelada pelas chuvas;
enterrei Texas naquela lama em que ele tanto gostava em vida de se rebolar.
Quando reentrei na cozinha, Sofia acabava de esvaziar a última gota de conhaque
; atirou a garrafa para as brasas, onde as paredes de vidro estalaram com um
ruído surdo, ergueu-se desastradamente, e disse em voz débil, apoiando-se no
meu ombro:
- Pobre Texas...
É pena , apesar de tudo. Só ele gostava de mim.
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