sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Poemas que dão música - Carlos Paião


Acaba de ser lançada a biografia de Carlos Paião pela Âncora Editora.

"Depois da publicação da biografia do compositor Nóbrega e Sousa, Nuno Gonçalo da Paula prossegue as suas investigações no campo da música portuguesa contemporânea com a biografia do cantor e compositor Carlos Paião, falecido com apenas 30 anos, vítima de um acidente de viação. Nascido a 1 de Novembro de 1957, em Coimbra, Carlos Paião viveu a infância em Ílhavo, onde escreveu, aos oito anos, a primeira quadra e, um ano volvido, a primeira composição. Em Lisboa, tornou-se um médico apaixonado pela música. As suas letras foram cantadas por artistas consagrados, como Amália Rodrigues, Fafá de Belém, Nicolau Breyner, Raul Solnado, Herman José, Florbela Queiroz, Joel Branco, ou Lenita Gentil. Vencedor de vários prémios, destaca-se o Festival RTP da Canção de 1981, com o inesquecível Play-Back. O criador de O senhor extraterrestre e Eles foram tão longe editou treze singles e dois LPs, entre 1981 e 1988. A obra inclui numerosos testemunhos, entre os quais os dos pais, esposa, António Sala, Eládio Clímaco, Florbela Queiroz, Herman José, Joaquim Letria, Maria Barroso Soares, Ramon Galarza e o já falecido Raul Solnado."

Hoje recordamos - em jeito de tributo - Pó de Arroz. Numa versão de Tiago Bettencourt e Mantha, mais curta que o original.



"Pó de Arroz,
Na face das pequenas
Será beleza apenas, só
Uma corzinha com

Pó de arroz
Rosa é, mulher o pôs
E o homem vai nas cenas
Eva e Adão outra vez
É como enfeitar um embrulho
Arroz com gorgulho talvez

Pó de arroz
Do teu arrozal
Esse pó que é fatal
És a tal que me encanta com

Pó de Arroz
Não faz nenhum mal
É de arroz integral
Infernal, quando chegas com
Todo o teu arroz

Pó de Arroz
Tens hoje só pra mim
Pós de perlimpimpim
És um arroz doce sim

Pode ser
Um canto de sereia
Serei a tua teia
E tu serás meu algoz

Mas quando te vais alindar
Alindada vens dar no arroz"

Sem comentários:

Enviar um comentário