Em princípios de 1880, apesar da bem fundada dúvida que tinha sobre a
sensatez de perpetuar esta raça que tem o consentimento do Senhor e a desaprovação
dos homens, Hedvig Volkbein – mulher vienense de grande energia e beleza
marcial, estendida numa cama de dossel de um sumptuoso e espectacular carmesim,
o lambrequim marcado com as asas bifurcadas da Casa dos Habsburgo e a capa de
cetim da colcha com as armas de Volkbein desenhadas em fios de desbotado outro
maciço – deu à luz, aos quarenta e cinco anos, um filho único, um rapaz, sete
dias depois da data prevista pelo médico.
* Tradução e
notas de Francisco Vale e Paula Castro
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