sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Livres como Livros, no Porto


Diferentes figuras da cidade vão apresentar aos portuenses os “livros da sua vida”, em sessões gratuitas, realizadas na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.

Até Dezembro de 2013, a Universidade do Porto e a autarquia local decidiram juntar-se e convidar os portuenses a serem “Livres como Livros”. A iniciativa, que arranca no próximo dia 30 com a participação de Luís Portela, chairman da BIAL, e de Jaime Milheiro, psiquiatra e psicanalista., visa promover a leitura junto dos cidadãos, através de um conjunto de debates sobre literatura com várias personalidades da cidade. Comissariadas pelas docentes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Isabel Pereira Leite, Isabel Morujão e Maria Luísa Malato, as actividades surgem divididas em dois grupos de sessões: “Livros da Minha Vida” e a “Arte de Sermos Livros”. A primeira corresponde a um ciclo de 15 sessões durante as quais diferentes personalidades da região são convidadas a escolher dois livros que marcaram a sua vida e a partilhá-los com os portuenses. Num segundo momento, o “Livres como Livros” reunirá duas ou três figuras por sessão, com o objectivo de apresentarem as suas experiências enquanto escritores e leitores.

O evento, que decorrerá na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, será de entrada gratuita, ainda que exija uma inscrição prévia.

Livre é a palavra.
Livre é a mão que a escreve.
Livre é o olhar que sobre ela poisa.
Livre é o pensamento. O que a origina e o que dela nasce.
Livre é aquele que escolhe o momento em que os torna seus.
Livre é o que crê porque lê, e o que lê porque crê.
Livre é o que vê para além do que lê.
Livre é o que sente porque quer sentir.
Livre é o que chora e ri porque atravessou as palavras que tornou suas.
Livre é o que as oferece a quem as sonhou sem saber.
Livre é a folha em branco que aguarda a primeira palavra.
Livre é o que hesita em confiar-lha até, por fim, se decidir.
Livre é o que hesita em procurá-la até, por fim, a encontrar.
Infinitamente livres somos, como infinitamente livres são os livros. Por
sermos unos. Indivisíveis.
Livres somos, porque assim nos fizemos nas palavras que sempre
imaginámos e sempre dissemos.
Livres são os livros, porque assim se fizeram nas palavras que sempre
acolheram.
No tempo que esculpe as palavras que todos os contadores de
histórias lhe entregaram, se enredam homens e livros.
A ponto de, a cada acordar, se confundirem, por respirarem a
mesma liberdade.
Sim. Somos livres como livros.

Isabel Pereira Leite

os livros da minha vida
3ª | 21h15 | conferências | comunidade de leitores

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| 17 Dezembro

a arte de sermos livros
sábado | 18h00 | a escrita, o livro e a leitura

| 10 Novembro | 1 Dezembro | 12 Janeiro | 9 Fevereiro | 9 Março | 6 Abril | 11 Maio | 15 Junho | 13
Julho | 21 Setembro | 19 Outubro | 2 Novembro | 16 Novembro | 7 Dezembro

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