domingo, 10 de junho de 2012

Fahrenheit 451, a temperatura a que ardem os livros


Título original: Fahrenheit 451
Realizador: François Truffaut
Elenco: Oskar Werner, Julie Christie, Cyril Cusack, Anton Driffing, Alex Scott, Bee Duffell, Noel Davis,Mark Lester
Duração: 111 min
Ano: 1966



Porque as homenagens nunca são de mais, hoje destacamos a obra mais conhecida do recente falecido Ray  Bradbury, que também deu origem a um filme.

O conceito inicial do livro começou em 1947 com o conto "Bright Phoenix" (que só seria publicado na revista Magazine of Fantasy and Science Fiction em 1963). O conto original foi reformulado na novela "The Fireman", e publicada na edição de Fevereiro de 1951 da revista "Galaxy Science Fiction". A novela também teve os seus capítulos publicados entre março e maio de 1954 em edições da revista Playboy. Escrito nos anos iniciais da Guerra Fria, o livro é uma crítica ao que Bradbury viu como uma crescente e disfuncional sociedade americana.

O romance apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas anti sociais e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido. O personagem central, Guy Montag, trabalha como "bombeiro" (o que na história significa "queimador de livro"). O número 451 é a temperatura (em graus Fahrenheit) da queima do papel, equivalente a 233 graus centígrados.


Através dos anos, o romance foi submetido a várias interpretações primeiramente focadas na queima de livros pela supressão de ideias dissidentes. Bradbury, porém, declarou que Fahrenheit 451 não trata de censura, mas de como a televisão destrói o interesse pela leitura. Na minha opinião acaba por ser também uma análise sobre censura ou pelo menos da forma como a censura ganha espaço na sociedade para conquistar as pessoas acabando por se tornar "natural" e assumida.


O autor conta que todo o romance foi escrito nos porões da biblioteca Powell, na Universidade da Califórnia, numa máquina de escrever alugada. A sua intenção original, ao escrever o romance, era mostrar o seu grande amor por livros e bibliotecas, e frequentemente se refere a Montag como uma alusão a si mesmo.

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