Amigos,
Quanto mais avanço na história do nosso livro do mês - Crítica da Razão Criminosa - mais me convenço que foi uma excelente escolha.
A história adquire contornos de mistério e suspense, sem perder de vista o objectivo principal que, no meu entender, é mostrar a importância das várias formas de compreender a realidade.
A investigação dos vários crimes que retiram a paz à cidade de Konigsberg, aparece enquadrada num período da história muito conturbado - invasões napoleónicas - sendo que, a razão para tais horrendos crimes está, à primeira vista, intimamente ligada a questões políticas.
No entanto, o que torna mais interessante a leitura deste triller, não são propriamente os crimes, mas a decomposição das várias personagens que directa ou indirectamente, investigam os mesmos.
Desde um procurador jovem, ambicioso, cuja missão é devolver a harmonia à cidade, descobrindo o(os) assassino(s), mas que é sistematicamente confrontado com os fantasmas do passado; um médico alucinado que se considera detentor de poderes especiais: qual espírita em contacto com os mortos; passando por Emmanuel Kant, filósofo em reclusão e angústia intelectual... enfim um universo de histórias, dentro da própria história!
Tal como nos diz Kant, numa passagem do livro: "Arranque a máscara do rosto de qualquer homem e o que encontramos? Um coração sombrio por trás de um rosto sorridente, a madeira retrocida da Humanidade!"
Quanto mais leio, mais gosto! Espero que vos suceda o mesmo!
Um abraço na companhia de boas leituras.
Até breve,
EME
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