o baloiço parou no tempo
um pássaro morto por entre o outono
exposto pelas feridas do chão
as folhas emudeceram
quando atravessaste a cancela
às vezes ouve-se um gemer
e ponho-me à escuta
a ver se a porta se abre
ao teu regresso
mas é tão-só o resfolgar
da manhã sob a ferrugem da asa.
Helder Magalhães
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Anka Zhuravleva arts |
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