MORADA
n
ã
o
s
e
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b
e
m
o
n
d
e
m
o
r
a
o
coração.
algures entre um ponto
e o outro
o possas encontrar,
o saibas compreender,
o saibas escutar,
talvez saibas dar as respostas
que não tenho.
ajuda-me a descobrir de que sou feito,
do que me arrependo,
do que anseio,
do que me faz tremer.
aperta a minha mão com força,
não tenhas medo de a magoar.
leva-me a ver o mar,
os barcos que o cruzam,
as ondas que batem nas rochas.
celebremos as nuvens,
o ar salgado
e os pés na areia.
e depois,
depois somos apenas mais uma promessa de amor no mundo.
depois somos a história
que quisermos ser.
não viemos inventar nada de novo,
apenas comprovar aquilo
que
todos
sentem.
que
todos
sentem.
seremos, por isso, testemunhas das vontades de existir,
saberemos que a escuridão se ilumina com um fósforo apenas,
mediremos os espaços que cada um ocupa.
e voaremos,
mesmo que estejamos ainda a aprender,
a descobrir,
a presenciar as coisas
no seu primeiro momento.
a descobrir,
a presenciar as coisas
no seu primeiro momento.
acredita que só assim podemos encontrar
aquilo que andámos uma vida
a tentar responder,
só assim daremos valor
àquilo que nos dói.
morreremos juntos,
no bem / no mal.
não sei bem onde mora o coração,
talvez more no amor que me tens.
sabes responder?
Rodrigo Ferrão
Foto: Ana Christelo
É esse talvez que aperta o peito!
ResponderEliminarBeijos,
Fê
Algumas Observações
Os talvez doem sempre!
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