terça-feira, 24 de maio de 2016

bulício


o acidente na fragilidade de sermos
teremos tudo entre os destroços
uma casa de horizontes edificada
a assoalhada do teu nome
o silêncio rente à cama por fazer
embate em mim a tarde
dos lençóis na tua pele
à janela a rebentação a parede
da falésia sobre o mar
nu o coral do teu sorriso
aos ramos da laranjeira
às traseiras pela sombra do quintal
um baloiço poder ver-te ir e vir
em gomos no bulício íntimo do sol.


Helder Magalhães



Leanne Surfleet Photography

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