tão longe a quietude das águas
na eternidade das mãos que as adentram
ser o rio debaixo da neblina
que cinge o olhar em remoinhos
tão longe a face dos dias
a saltitar nas memórias polidas pelo tempo
faltaram-nos dedos de fôlego
no balanço de chegar à outra margem
tão longe a brancura da pele
revestida da ondulação do silêncio
nudez da ferrugem agora
à deriva sobre o corpo do passado.
Helder Magalhães
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Cristina Coral Photography |
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