terça-feira, 6 de outubro de 2015

luz

caindo inúmeras vezes
na leveza do oiro sobre o vale
fôlego do outono por dentro do entardecer

quando luz a memória das estrelas
a noite é um pássaro no ventre dos olhos

escrevo a sombra flutuante entre os dedos
caminho sobre a água a que as palavras emergem
náufrago de um tempo a que não sei ser de pertença.


Helder Magalhães


Pascal Hallou

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