sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Saudade

Saudade
É alegre ferida de navalha
Cerrando luz do coração.
Ver caída a meia noite
E nossos nomes afogados
Inundados um no outro.

Saudade
É amarga e incandescente chama
De conhecer os cantos à solidão.
Teus olhos-geada descobrir
De veludo e água coloridos
Sob minha pele descansados.

Saudade
É o toque subtraído ao tempo.
Malfadado saber
De saber o lugar da felicidade
Sentindo falta do outro
Sem dar conta de si.


Gonçalo Naves


Imagem tirada daqui: http://charivari.pt/2015/09/08/ilustracoes-digitais-de-inspiracao-pos-apocaliptica-retratam-negras-paisagens-distopicas/

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