Há no cansaço uma poesia
estranha
um sentir vagaroso
um tempo sem tempo que se arrasta
pela pele
pelo peito
Sobra fadiga no gesto que a mão
não completa
na palavra que os lábios
apenas suspeitam
no beijo que ficou por dar
à sombra da figueira
Escorre lassidão pela nuca
e nem o medo da morte
desperta
Ana Almeida
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