terça-feira, 9 de junho de 2015

tacto


lembro as horas
do teu sopro nocturno
de encontro ao meu peito

perdia-lhes a conta
e adormecia alado na amplitude
que compreendia
o voo intemporal do tempo

e amanhecia pássaro
no baloiço
que da luz se desprendia

que asas comportam
agora
os ponteiros
que não o tacto da memória.


Helder Magalhães


Laura Makabresku: photography & fairy tales.

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