terça-feira, 2 de junho de 2015

horizonte


de quantos olhares caídos
se faz a distância
quis um parapeito
e uma nesga de maresia
a ampararem o corpo
da orquídea
que no seio do vaso
crescia
de quantas madeixas ao vento
se descarna o coração
a boca do céu
muda de ausência
a língua da rua
nós de saudade.

Helder Magalhães


'afternoon"- Marta Bevacqua Photography

Sem comentários:

Enviar um comentário