quinta-feira, 4 de junho de 2015

Correndo o Brasil: Lapa é festa!

Rio de Janeiro
8 e 9 de Agosto de 2014



O Rio é festa e a primeira que tive levou o meu grupo ao Rio Scenarium, na Lapa - um bairro boémio, cheio de restaurantes, pubs, discotecas e bares. É um espaço carregado de curiosas antiguidades e obras de arte nas paredes (de dia é uma galeria). Pelo meio duas grandes pistas de concerto - uma logo no rés-do-chão e outra recolhida no edifício do lado. É o sítio perfeito para a melhor noite carioca.

A entrada foi curiosa, porque no Brasil é importante andar com identificação e eu não levei a minha. Fiquei um pouco apreensivo, porque não sabia bem o que ia acontecer. Mas o cartão só servia para dar o nome logo à entrada. Apenas tive que dizer que não o tinha e como me chamo. E lá me aceitaram.


A noite era uma criança e ainda não tínhamos jantado. Os que chegaram primeiro foram pedindo umas bebidas enquanto passavam os olhos pelo menu (o cardápio, falando em português com açúcar). Lá acabei por apostar na primeira picanha desde que aterrei, procurando descobrir a sua fama!

O grupo foi-se compondo com a chegada de mais amigos. Percorria-me a sensação incrível de ver muita gente ter-se feito à viagem até este lado do atlântico. E como é fantástico ver as pessoas surgir de vários pontos da Europa até ao novo continente. Ali estamos todos, na maior das festas.

A música ao vivo é muito boa. O samba rola e a balada agita as mãos no ar, cantando tudo de cor. De caipirinha em caipirinha lá vamos gastando o tempo, entre fotografias, abraços, cantorias desafinadas e desejos de noites sem fim.


O grupo espera-me lá baixo para regressar a casa. Deixei-me envolver pelo povo brasileiro e fiquei para trás a contemplar o espaço em volta. Felizmente não me deixaram só, foi só o compasso de espera para pagar. As filas são como em Portugal - longas, longas, longas.

O meu táxi percorre a cidade à noite. O Cristo espreita lá do alto iluminado e não vejo trânsito, pela primeira vez. Afinal parece que há um tempo para o Rio estar sossegado, as altas horas da madrugada.

Rodrigo Ferrão

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