terça-feira, 21 de abril de 2015

devir

no campo de alfazema
o teu corpo flor poema
deita-se em uma canção
espiga aberta na mão

quero colher-te a poente
onde o cheiro mais se sente
que o sol funde-se no seio
do lugar que a vida veio

e assim numa roda viva
seremos céu entre saliva
terra que o fogo conhece
o amor pelo outro floresce.

Helder Magalhães


Natalia Drepina Photography

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