quinta-feira, 2 de abril de 2015

a-ver-livros: a última

Sou a última magnólia
desse peito
tardia, vagarosa
sem pressa de que chegue
o ardor do estio
celerado e perverso

Sou o último esgar
derradeiro viço 
acaba-se 
o impulso 
de contrariar gélido torpor
Depois cinzas
Depois nada

Ana Almeida


Sem comentários:

Enviar um comentário