O massacre concentrou-se em pequenas coisas. E sobrevive,
nas cansadas viagens suburbanas. Sob os olhos colados de sono, a mão esquecida
pesa ou afasta, às vezes cai, abandonada. Um cão enrola-se debaixo de um banco:
as palavras têm aqui a aspereza de um vidro riscado. Estação a estação fica
mais nítido o vómito nas janelas. E cada minuto recua até encontrar a sua
explicação.
Quem não conhece estas manhãs, duvida:
somos todos o passado clandestino dos felizes, quando o
rio era um brilho entre salgueiros, um desvio incerto da infância.
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