CORPO-CASA
“A ideia de CORPO-CASA surge da necessidade de pensar o corpo dos afetos. O espaço da sala Ogival é uma metáfora deste prolongamento afetivo entre o dentro e o fora. Lugar de onde se parte e aonde se chega. Eu sou a casa com história, com esquecimento, com peso e leveza, com segredos, com um tempo onde este não existe mais.
O espaço do corpo gera uma energia tal que, ele próprio desenha o espaço e, para além dos seus contornos, é um espaço que prolonga os seus limites. É um corpo que se deixa invadir pelo afeto que é libertado depois em movimento – são as acrobacias da alma.
É um corpo orgânico e natural, segrega espaço próprio, tendo a capacidade de se orientar por si próprio, é um corpo no seu todo com a sua pele que entra em contato com o outro através do toque e do olhar. No fundo, temos o corpo visto do interior com os afetos e sensações, e visto do exterior sendo o corpo objeto. A meu ver deixa de haver separação, encontro aqui uma perfeita osmose, espaço interior e exterior são um só. Provoco uma dança sem chão, uma dança sem fim, uma dança de céu aberto. Uma doce tempestade.”
Amélia Bentes
Filipe Dores
Relativo ao evento: Sábados no Castelo | Sem chão, Sem fim
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