terça-feira, 24 de março de 2015

barragem


habita-me uma central energética 
sem nunca ter erguido barragem 
a carne estilhaça-se 
partículas desfragmentam-se 
tangentes ao núcleo sensorial 

abre-se-me uma estrada de luz 
fenda da palavra 
que os dentes trincam 
o peito ressoa 
e as mãos libertam.

Helder Magalhães

 
Brasimone by Michele Cioni

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