terça-feira, 3 de março de 2015

bainha

a amplitude da bainha
como se o mar
costurasse o fio da espuma
no dorso da onda

o céu lança-se terra
dentro
língua a fender
o véu na boca do silêncio

há-de emergir
a voz que nada
sabe
como se a linha do mundo
voltasse
ao princípio.

Helder Magalhães


Fotografia de Américo Rui Pacheco

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