na manhã pantanosa
em que me forço ao texto
e espero a noite
Trespassa-me o tempo
que não corre
sangram os dedos no bulir
que passa a compasso
na desarmonia da alma
que espera, desespera,
como quem toma de emboscada
a redenção
Sobro eu, exangue,
página obrigatória de nada
descomposta arrogância de crer
que será de novo
tempo de magnólia
Ana Almeida
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* para saber mais sobre o ilustrador polaco Pawel Kuczynski siga o link http://www.pawelkuczynski.com/index.php |
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