A andar sempre para a frente recordava-me da cerimónia da
véspera. Fora num prado que se realizara aquela cerimónia, por detrás de uma
colina, e com a sua voz grossa o coronel arengara à frente do regimento.
«Corações ao alto! - tinha ele dito... - Corações ao alto! e viva a França!»
Quando não se tem imaginação, morrer é coisa de nada, quando se tem, morrer é
coisa séria. Eis a minha opinião. Nunca tinha compreendido tanto de uma só vez.
Mas o coronel, esse, nunca tivera imaginação. Todas as
desgraças daquele homem provinham daí, aquela sobretudo. Seria eu então o único
a ter a imaginação da morte no nosso regimento?
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