O Grande Prémio, no valor pecuniário de 12.500 euros, foi decidido por unanimidade por um júri constituído pelos escritores António Mega Ferreira, Fernando J. B. Martinho e José Manuel Mendes.
Segundo a ata do júri, este "é um livro que exprime, na renovação e no aprofundamento, a consistência de toda uma obra, aqui conseguida segundo uma precisão até organizativamente notável".
Notícia: http://visao.sapo.pt/fernando-guimaraes-recebe-em-amarante-premio-de-poesia-teixeira-de-pascoaes=f804322#ixzz3M04vKFlD
Árvore
Conheço as suas raízes. É tudo o que vejo.
Há um movimento que a percorre devagar. Não sei
se ela existe. Imagino apenas como são os ramos,
este odor mais secreto, as primeiras folhas
aquecidas. Mas eu existo para ela. Sou
a sua própria sombra, o espaço que fica à volta
para que se torne maior. É assim que chega
o que não passa de um pressentimento. Ela compreende
este segredo. Estremece. Comigo procuro trazer
só um pouco de terra. É a terra de que ela precisa.
Fernando Guimarães, in Limites para uma Árvore
Há um movimento que a percorre devagar. Não sei
se ela existe. Imagino apenas como são os ramos,
este odor mais secreto, as primeiras folhas
aquecidas. Mas eu existo para ela. Sou
a sua própria sombra, o espaço que fica à volta
para que se torne maior. É assim que chega
o que não passa de um pressentimento. Ela compreende
este segredo. Estremece. Comigo procuro trazer
só um pouco de terra. É a terra de que ela precisa.
Fernando Guimarães, in Limites para uma Árvore
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