Precisava
de um lugar
para
dormir esta noite.
Precisava
de inventar o silêncio
entre
o terror e eu própria,
fechar
a porta
ou
abrir a porta,
insultar
a lua, ultrajá-la,
puta
velha em que todos confiamos,
que
finge que nos ouve, para adormecermos tranquilos,
que
desaparece antes de acordarmos,
mas
volta,
como
voltam a tristeza,
cada
vez mais triste
e
sem paciência para lágrimas.
Mas
volta,
como
voltam os amantes,
que
nos fazem infelizes.
Sem comentários:
Enviar um comentário