domingo, 14 de setembro de 2014

"tenho forças para brincar ao mundo"

xxxvii. (sacrário)

diante de uma caixa da mais banal madeira
(ou a imitação da contrafacção do mesmo)
está a mais consumida bolacha do mundo

é bom ser eternamente miúdo
e acreditar que naquela reles bolacha
tenho forças para brincar ao mundo

Pedro Sena-Lino



 Henri Cartier Bresson, 1933, Sevilha

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