terça-feira, 2 de setembro de 2014

a-ver-livros: inferno

Adivinho o mar que não vejo
nas idas e vindas
como as nuvens que passam 
sobre o cume 
do nada
No escuro decifro
o código que fechou 
a porta 
a boca
a mão sobre a pedra
a pedra no peito
Pressinto o fogo
o rasto selvagem
que os pés rasgaram
na partida

e ardo 
no inferno
de ser assim

Ana Almeida

* para saber mais sobre o espanhol Didier Lourenço
siga o link www.didierlourenco.net

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