Os dois poços imundos de lágrimas
Tateiam no escuro a sombra dos girinos
A exaltar a vida dos vermes na pujança de nados sincronizados.
Perto da borda, entre cílios desabotoados,
dois poços secaram.
A mancha de sal esbranquiçou a cor da pele.
As covas fundas encerraram o último ai
Desenham a boca os sortilégios
- os sorrisos que poderia já não podes.
Logo não haverá quem de ti tenha dó,
Menos compaixão e vontade.
Um chumaço de algodão lhe preenche a falta do ouro.
Arranham sons débeis as beatas
tontas sem profissão, sem tricot,
no correr do terço puído
antes que o sacerdote manco arranque alguns trocados.
Há aqueles que se regozijam com tua morte.
Dentro do pomo de Adão
A última missiva
O pedido tardio de desculpas.
Tateiam no escuro a sombra dos girinos
A exaltar a vida dos vermes na pujança de nados sincronizados.
Perto da borda, entre cílios desabotoados,
dois poços secaram.
A mancha de sal esbranquiçou a cor da pele.
As covas fundas encerraram o último ai
Desenham a boca os sortilégios
- os sorrisos que poderia já não podes.
Logo não haverá quem de ti tenha dó,
Menos compaixão e vontade.
Um chumaço de algodão lhe preenche a falta do ouro.
Arranham sons débeis as beatas
tontas sem profissão, sem tricot,
no correr do terço puído
antes que o sacerdote manco arranque alguns trocados.
Há aqueles que se regozijam com tua morte.
Dentro do pomo de Adão
A última missiva
O pedido tardio de desculpas.
Penélope Martins
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