sexta-feira, 11 de abril de 2014

De olhos na boCA


E ela sorriu, de se ver sorrir,
esforçando-se por acreditar
no esboço do seu sorriso.

Insignificante,
mesmo na felicidade,
defendia os restos que tinha dentro.
Defendia o coração,
para continuar a bater.

Defendia os pulmões,
para poder respirar.
Defendia o sorriso,
porque era quase feliz.

Uma felicidade
em que apetecia chorar,
em que quase confundia
a alegria com a dor.

Raquel Serejo Martins





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