como quem não quer
que a verdade atrapalhe
o nascer do sol
nem o passo estugado
do medo a subir a rua
Mente-me
como se a paixão mordesse
o que resta da coragem
ou cuspisse o riso
por entre os dentes
Mente-me
e depois passa-me a mão
pelo cabelo
- como se a verdade
fosse infâmia
Ana Almeida
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* para saber mais sobre a ilustradora polaca Franciszka Themerson siga o link www.themersonarchive.com |
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