dia 3: um poema
Hoje almoçamos sem ti, e eu quero que a manhã
siga lenta, e nunca chegue
a hora de contar
os pratos
Hoje almoçámos sem ti, e eu tentei disfarçar
a tua ausência, mas a mão
ia sempre descansar
no lugar onde comias.
A altura do naperon ao chão
e o fingimento
e a tristeza na boca
e a vida,
tudo parecia
igual
E levantou-se a mesa e o teu lugar
estava limpo, mas eu
vim sacudir as migalhas
que fingi
dentro do punho fechado
Hoje o sol deteve-se nos telhados e o frio veio
das ombreiras, porque almoçámos
sem ti.
fonte da foto
*este poema pode ser visto no blog Ignorância - http://ignorancia.blogspot.pt/2012/11/hoje-almocamos-sem-ti.html?m=1
*Pedro Guilherme-Moreira - esta semana em destaque no Clube de Leitores
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