domingo, 2 de fevereiro de 2014

«O lobo de Wall Street» - o início


PRÓLOGO
UM BEBÉ NO MATAGAL

4 de Maio de 1987

- Vales menos que o lodo do charco - disse o meu novo chefe, enquanto me conduzia pela sala de corretagem de LF Rothschild pela primeira vez. - Tens algum problema com isso, Jordan?
- Não - repliquei. - Não tenho problema nenhum.
- Óptimo - retrucou o meu chefe e continuou a andar.

Estávamos a percorrer um labirinto de secretárias de mogno castanhas e de fios de telefone pretos, no vigésimo terceiro piso de um edifício de escritórios de vidro e metal, que se elevava quarenta e um andares acima da fabulosa Quinta Avenida, em Manhattan. A sala de corretagem era um espaço muito vasto, com cerca de quinze por vinte e um metros. Era também um espaço opressivo, atulhado de secretárias, telefones, monitores de computador e uns quantos yuppies bastante detestáveis, setenta ao todo. Estavam em mangas de camisa e, àquela hora da manhã - eram nove e vinte -, recostavam-se nas suas cadeiras, lendo o Wall Street Journal e congratulando-se por serem os jovens Senhores do Universo.

*Consulte o livro no site da Editorial Presença: O lobo de Wall Street

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