entre a existência e a morte, um segundo.
gabamo-nos da nossa individualidade -
de como somos belos,
fortes, invencíveis,
imperturbáveis,
jovens e bons.
o drama é nosso, não é dos outros.
porque eles
não compreendem,
não podem ajudar,
estão muito ocupados,
não vêem o tempo a passar.
um dia a alegria esgota,
a tristeza termina,
a angústia é esquecida
e a saudade arrumada.
aí alguém porá uma rosa,
dirá uma palavra amiga,
abrirá as mãos aos céus
ou cantará uma canção.
pouco tempo falta para deixarmos de ser únicos
e passarmos a ser iguais ao nosso destino:
sermos apenas pó
(lançado ao vento).
Rodrigo Ferrão
Foto: Rodrigo Ferrão
Lindo!
ResponderEliminarObrigado OC, fique connosco.
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