Os fantasmas vieram à festa,
há juras de amor debaixo da ponte
dos que não foram convidados
os que se perderam no horizonte.
A noite vai estrelada,
mas não tanto quanto Van Gogh a fez
à pincelada.
Surge um amontoado de beatas no trilho,
talvez invólucros de assassino rotineiro
despreocupado.
Nunca se sabe se se é
ou se já se foi numa noite debaixo da ponte,
mas diz-se que a tinta do betão
dissipa-se mais lentamente que luz no coração
dos pintores.
Não há clarão
a dúvida persiste entre
2 metros abaixo do betão,
7 palmos abaixo do chão.
Dor é a amostra mais fácil de se engendrar
ou carregar, a servir de juiz no tira-teimas.
Marcos Foz
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